MAIS EXPERIÊNCIA PARA CRISES
A primeira fonte disse à Reuters que para o lugar de Graça o governo gostaria de ter uma pessoa com vasta experiência técnica, mas que também tenha um perfil mais completo, com qualidade para gerir crises e outras frentes da estatal.
Questionado sobre a mudança no comando da estatal nesta segunda-feira, o presidente em exercício, Michel Temer, disse que Dilma deve se debruçar sobre o tema em breve.
"Isso (a mudança na diretoria) é uma coisa para o futuro", disse. "A presidenta certamente tomará deliberações agora no final do ano em relação a essa matéria", afirmou a jornalistas.
Temer ressaltou ainda que as investigações não comprometem a gestão de Graça Foster à frente da estatal.
MUDANÇA MAIS RÁPIDA
Uma terceira fonte do governo, porém, discorda da estratégia de fazer as mudanças somente depois do avanço das investigações.
Para essa fonte, que também falou sob condição de anonimato, assim como é preciso resgatar a confiança da equipe econômica com novos nomes, na estatal uma mudança ampla poderia dar mais credibilidade ao discurso de transparência e tolerância zero com a impunidade.
"Talvez, além da carta de demissão voluntária dos ministros, faria bem ao governo ter cartas de demissão voluntária da diretoria da estatal", disse a fonte.
A substituição da diretoria, na avaliação dessa fonte, iria dar força ao discurso do governo de que não encobrirá fatos revelados pela investigação da operação Lava Jato.
Desde o início das investigações, a presidente Dilma tem dito que não interromperá as investigações, não importa quem elas atinjam.
Segundo ela, a operação da Polícia Federal será um marco para o combate à corrupção no país.
(Com reportagem adicional de Marta Nogueira)