
17 de setembro de 2014 | 15h57
Um dos pleitos da indústria de petróleo, defendido pelo Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP), é que haja maior previsibilidade de leilões para que o setor possa se programar com mais facilidade.
"Não vai ter calendário", afirmou. "O problema de você fazer um calendário é que você vai ser obrigado a fazer uma rodada mesmo que você não tenha áreas interessantes para ofertar."
Além disso, ele também afirmou que há risco de sobrecarregar a indústria fornecedora em momentos em que eles não podem atender.
Questionado como faria para trazer mais previsibilidade para a indústria, o secretário explicou que o governo sempre anuncia novas rodadas com cerca de um ano de antecedência, e que esse período é suficiente para as empresas se programarem.
Além disso, afirmou que há estudos amplos sobre as áreas para que não se perca muito tempo com pesquisas.
O pleito da indústria de maior previsibilidade se tornou forte depois que o governo ficou cerca de cinco anos sem novas rodadas até 2013, quando houve três leilões.
Segundo ele, o fato do país ter ficado cerca de cinco anos sem ofertas "não teve nada a ver com a política de oferta de blocos".
"A gente tem plena convicção de que as empresas precisam manter suas atividades", frisou Almeida.
Ele também afirmou que o Brasil de hoje não é o mesmo do passado, após a abertura do setor, quando foram realizadas rodadas anualmente.
Sobre a próxima rodada, confirmada pelo governo para o primeiro semestre do próximo ano, Almeida afirmou que a Bacia de Pelotas pode ser uma área a ser incluída no leilão.
Entretanto, ele não deu detalhes de mais áreas, já que todas ainda dependem de aprovações, inclusive do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).
(Por Marta Nogueira)
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