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Governo tenta evitar derrota na votação de reajuste das aposentadorias

Base deve votar a favor de reajuste de 7,7%, contrariando o governo, que poderá vetar decisão

Por Denise Madueño e da Agência Estado
Atualização:

O governo tenta um acordo com os seus aliados até o último momento para tentar evitar uma derrota nesta terça-feira, 27, na votação na Câmara da medida provisória de reajuste das aposentadorias acima de um salário mínimo pagas pela Previdência Social.

 

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A base anunciou que votará a favor de um índice de 7,7%, contrariando o governo. A alternativa mais recente apresentada na mesa de negociação pelo líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), de índices escalonados, não obteve apoio nem no governo nem entre os aliados. "Se a base quiser uma vitória, deve aprovar os 7%. Se quiser 7,7%, vai derrotar o governo. E essa será uma sinalização do que fará o presidente Lula", afirmou Vaccarezza, sugerindo que haverá veto presidencial para o reajuste de 7,7%.

 

O líder insiste que o governo já concedeu um reajuste robusto com os 6,14% contidos no texto original da MP e em vigor desde 1º de janeiro. O reajuste de 7% foi resultado da pressão da base. Os líderes aliados na Câmara chegaram a concordar com o índice, mas acabaram fechando com a posição dos senadores em votar a favor de 7,7%. Em ano eleitoral, os parlamentares não querem se desgastar politicamente com os aposentados, aprovando um reajuste menor.

 

Segundo Vaccarezza, o governo poderá administrar o aumento de R$ 1,1 bilhão nos gastos com o aumento de 6,14% para 7%, mas não será possível enfrentar um impacto nas contas acima desse valor.

 

Na votação de amanhã, Vaccarezza espera conseguir os votos do PP, do PR e de metade do PMDB, além do PT, para aprovar o índice de 7%. Segundo ele, com esses votos será possível aprovar o seu parecer. O DEM anunciou que vai insistir na proposta de conceder o mesmo índice concedido ao salário mínimo, 9,6%, para todas as aposentadorias.

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