PUBLICIDADE

Grupo do Brics se reúne na China para discutir agricultura

Segurança alimentar, adaptação da agricultura às mudanças climáticas, fortalecimento da cooperação tecnológica e troca de informações serão alguns dos assuntos discutidos no encontro

Por Venilson Ferreira e da Agência Estado
Atualização:

O secretário de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Célio Porto, irá representar o governo brasileiro na segunda reunião ministerial do Grupo de Agricultura dos países membros do Brics (Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul), que será realizada de sexta-feira, 28, até o dia 1º de novembro, em Chengdu, na China. A segurança alimentar, a adaptação da agricultura às mudanças climáticas, o fortalecimento da cooperação tecnológica e a troca de informações e promoção do comércio são alguns dos assuntos que serão discutidos durante o encontro. Célio Porto explica que temas globais, como a questão da volatilidade dos preços das commodities agrícolas, continua ser tratado no âmbito do G-20. Porto lembra que a visão dos países em desenvolvimento é que a volatilidade de preços deve ser controlada por meio do aumento da oferta de alimentos e também com a criação de seguro que garanta a rentabilidade dos produtores rurais em períodos de quedas das cotações. Na opinião do secretário, um dos pontos que deve avançar é a questão da cooperação tecnológica visando ao aumento da produtividade, pois os países, com exceção da Rússia, têm agricultura tropical. Outro ponto em comum é a discussão em torno do aquecimento global, pois os países são desafiados a manter a economia em crescimento e ao mesmo tempo reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Segundo Célio Porto, os países do Brics representam 43% da população e 18% do comércio mundial. As estatísticas divulgadas neste mês pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) mostram que o BRIC produz 39% por cento do trigo mundial, 55% da carne suína, 34% da carne bovina e 40% da carne de aves. No total, responde por 45% da produção de carnes.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.