Publicidade

IAG mira potencial do Brasil por meio da portuguesa TAP

Grupo, formado pela fusão da British Airways e da Iberia, estuda a compra da Air Portugal (TAP) caso ela seja colocada à venda

Por Reuters
Atualização:

A International Airlines Group (IAG), formada pela fusão da British Airways e da Iberia, afirmou que enxerga poucas oportunidades de consolidação na Europa, mas estudará a compra da Air Portugal (TAP) caso ela seja colocada à venda.

PUBLICIDADE

"Não há muito potencial para futuras consolidações na Europa... o setor já está concentrado com a KLM-Air France e a Lufthansa", afirmou o diretor de relações com investidores Andrew Barker em uma teleconferência nesta terça-feira, 31.

"Iremos voltar os olhos para a portuguesa TAP. Sua forte presença no Brasil será importante para fortalecer nossa posição na América Latina", disse Barker.

Portugal está sendo forçado a privatizar a TAP como uma condição para seu resgate de 78 bilhões de euros (US$$ 109 bilhões) pela União Europeia e pelo Fundo Monetário Internacional.

O leilão da companhia aérea portuguesa deve ser realizado neste verão (do hemisfério norte), com alguns analistas avaliando-o em 500 milhões de euros.

Qualquer aquisição terá que se enquadrar na estratégia e nas metas financeiras da IAG, disse Barker, acrescentando que a British Airways vai se focar no crescimento na Ásia e em consolidar seu negócio de voos transatlânticos.

Ele afirmou que o aeroporto de Barajas, em Madri, o eixo central da Iberia, oferece oportunidades de crescimento orgânico, "embora ele seja, de certa forma, limitado por restrições de infraestrutura de um grande aeroporto".

Publicidade

A IAG já transferiu algumas de suas rotas para a companhia área de baixo custo espanhola Vueling e pretende usar a empresa para tornar seus negócios de voos de curta distância mais competitivos, disse Baker.

A Vueling, sediada em Barcelona, é a segunda maior companhia aérea de baixo custo após a irlandesa Ryanair e é líder de mercado nos principais aeroportos da Espanha.

(Por Judy MacInnes)

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.