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IBGE prevê safras maiores de soja, milho e algodão

Por MARCELO TEIXEIRA
Atualização:

O IBGE divulgou nesta quinta-feira sua primeira estimativa para a nova safra agrícola brasileira, prevendo produções maiores dos principais produtos, devido a aumento da área de cultivo sob o estímulo de melhores preços internacionais. A nova safra de soja do Brasil (2007/08) deverá resultar em uma produção de 59,3 milhões de toneladas, ante volume na temporada anterior de 58,2 milhões de toneladas, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O órgão estimou a 1a safra de milho em 38,2 milhões de toneladas, contra 36,3 milhões de toneladas no ano passado. A safra de algodão (em caroço) foi projetada em 4,15 milhões de toneladas, ante 3,8 milhões de toneladas em 2007. Sobre a soja, o IBGE destacou que verificou no campo "certo atraso no plantio, em função da estiagem que se abateu sobre as regiões produtoras". O instituto ressaltou, no entanto, que as cotações superiores da oleaginosa servem de estímulo. "Destaca-se também a preocupação dos produtores com relação ao fenômeno La Niña, que vem sendo previsto pelos especialistas em climatologia. Aliado ao atraso no plantio, ele poderá provocar mudanças nos resultados finais. Até o momento, a implantação das lavouras está sendo realizada com bom nível tecnológico". Com relação ao milho, o IBGE informou que a estimativa para maior produção ocorre pelo aumento da área de cultivo nos principais Estados produtores. "Contribuiu para esse quadro a boa cotação que o produto vem mantendo em face da menor oferta pelo maior produtor mundial (EUA), que está destinando parte de sua safra para a fabricação de etanol", acrescentou o órgão em seu relatório. A produção total de cereais, leguminosas e oleaginosas para a nova safra brasileira é estimada em 137 milhões de toneladas, 2,9 por cento acima da obtida na temporada anterior. Para o algodão, o IBGE verificou aumento do plantio principalmente na Bahia (13,6 por cento) e no Mato Grosso, o maior produtor nacional (mais 3,7 por cento). "O fator que mais contribuiu para este acréscimo foi a manutenção dos preços do produto, tanto no mercado interno quanto no externo. No Mato Grosso, a maioria dos produtores constitui condomínios, destinando a produção diretamente para o mercado internacional, através de contratos futuros, obtendo, desta forma, melhores resultados".

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