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IBGE: produção de grãos crescerá 12,4% em 2005, para 134 milhões/t

Por Agencia Estado
Atualização:

Rio, 16 - O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou hoje a segunda estimativa para a safra 2005, que aponta uma produção total de 134 milhões de toneladas, volume 12,4% superior ao da safra 2004. Foram pesquisadas para o levantamento, em novembro, as regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste, e os Estados de Rondônia, Bahia, Piauí e Maranhão. O maior incremento na safra, entre os produtos pesquisados, ocorrerá na soja, que aumentará 28,55%, para 63,2 milhões de toneladas. Segundo observam os técnicos do IBGE, o crescimento da soja, que se verificará também na área plantada (6% ante 2004), ocorrerá "pela falta de opção dos produtores para plantar outras culturas, principalmente o milho", uma vez que as cotações também se encontram menores. "As características diferentes de comercialização da soja, podem ter influenciado nesse aumento da área plantada", diz o IBGE. Todos os Estados que plantam soja apresentam acréscimos nas suas perspectivas para 2005, sendo que as mais significativas foram verificadas no Piauí (30%), Paraná (24%), Santa Catarina (43%), Rio Grande do Sul (68%), Mato Grosso do Sul (62%), Mato Grosso (21%) e Goiás (27%). Além da soja (mais 28,55%), segundo o IBGE, outros produtos vão apresentar crescimento na safra 2005 em relação a 2004: feijão em grão 1ª safra (11,65%) e milho em grão 1ª safra (3,35%). As variações negativas vão ser registradas no algodão herbáceo (-2,43%), amendoim em casca 1ª safra (-5,88%) e arroz em casca (-3,17%). No caso do arroz, por exemplo, os técnicos do IBGE observam que "os preços atuais são a principal razão dessa queda". Segundo o IBGE, no Rio Grande do Sul, maior produtor de arroz do País, a produção para o próximo ano apresenta uma redução 7,74%, situando-se em 5,847 milhões de toneladas. Com a regularização do clima no Estado, onde está chovendo nas principais regiões produtoras de arroz, observa-se uma menor preocupação com relação ao abastecimento dos reservatórios de água que alimentam as lavouras, informam os técnicos. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) também divulgou a pesquisa de abate de animais no terceiro trimestre de 2004, que registrou aumento no número de bovinos abatidos, de 7,75% sobre o segundo trimestre de 2004 e de 30,85% sobre o mesmo período do ano passado. No período de referência foram abatidos 6,924 milhões de animais. Os Estados que mais abatem bovinos são, pela ordem decrescente: São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás. Na região Norte, destaque para o estado do Pará. A pesquisa de suínos mostrou que foram abatidos 5,492 milhões de animais, indicando um aumento de 1,57% sobre o segundo trimestre de 2004 e queda de 2,31% sobre o mesmo período de 2003. Os animais foram abatidos no terceiro trimestre de 2004 com cerca de 87 quilos, mantendo a média dos últimos meses. Os Estados da Região Sul do País lideram o abate de suínos no cenário nacional. Na Região Sudeste, Minas Gerais é o principal no abate de suínos. No caso dos frangos, os dados revelam que foram abatidos 892,207 milhões de frangos, refletindo um aumento de 1,53% sobre o segundo trimestre de 2004 e de 9,92% com relação ao terceiro trimestre de 2003. O peso médio do frango ficou em torno de 2 quilos, um pouco maior do que aquele obtido no terceiro trimestre de 2003. Os Estados que abatem mais frangos são Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo.

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