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IBS eleva projeção de venda interna de aço e reduz exportações

Por Denise Luna (Broadcast)
Atualização:

A demanda maior do que o previsto no primeiro trimestre fez o Instituto Brasileiro de Siderurgia (IBS) revisar as projeções do setor para este ano, elevando a previsão de vendas internas de aço para um crescimento de 13,1 por cento contra os 10,7 por cento estimados anteriormente. Em volume, o Brasil deverá consumir 23,248 milhões de toneladas, contra a estimativa de 22,748 milhões de toneladas da previsão feita no início do ano. A produção permanece estável em relação à projeção feita inicialmente, de 37,637 milhões de toneladas, uma alta de 11,4 por cento em relação a 2007. "O primeiro trimestre surpreendeu, não se esperava um início de ano tão forte", afirmou a jornalistas o vice-presidente executivo do IBS, Marco Polo de Mello Lopes, prevendo uma nova revisão para meados do ano. Ele descartou no entanto dificuldades do setor para atender à demanda interna. Segundo ele, 60 por cento da capacidade instalada no Brasil atende essa demanda e o restante é voltado para exportação. "Não existe possibilidade de faltar aço no Brasil", afirmou. Com oferta apertada, as siderúrgicas brasileiras tiveram que reduzir suas exportações para atender os clientes no Brasil, o que levou o instituto a rever para baixo a previsão de exportações, de 17,9 para 15,9 por cento, para um volume de 11,94 milhões de toneladas. Por outro lado as importações, anteriormente projetadas para cair 4,1 por cento, agora estão estimadas para subir 11,5 por cento, para 1,8 milhão de toneladas. "As importações têm sido feitas pelas próprias usinas para atender seus clientes no mercado interno e não deixar o mercado externo sem produto", explicou. Em estudo divulgado nesta quinta-feira, o IBS prevê que a capacidade instalada de produção de aço deve subir para 80,6 milhões de toneladas em 2015, contra as 41 milhões de toneladas até o final do ano passado.

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