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IGP-M registra deflação de 0,18% em junho

De janeiro a junho deste ano, o indicador acumula alta de 3,15%; no período de 12 meses até junho, a variação é de 8,65%

Por Alessandra Saraiva e da Agência Estado
Atualização:

O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) registrou deflação de 0,18% em junho, após avançar 0,43% em maio, de acordo com os dados divulgados hoje pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). A taxa mensal ficou dentro das estimativas dos analistas do mercado financeiro ouvidos pela Agência Estado, que esperavam um resultado entre -0,10% e -0,40%.

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A queda de 0,18% no IGP-M  foi o menor resultado para o indicador desde  dezembro de 2009 (-0,26%). A informação consta de tabela contendo a série histórica do indicador, fornecida pela FGV em seu portal na Internet.

A taxa acumulada do IGP-M é muito usada no cálculo de reajustes de aluguel. De janeiro a junho deste ano, o indicador acumula alta de 3,15%; no período de 12 meses até junho, a variação é de 8,65%. O período de coleta de preços para cálculo do IGP-M de junho foi do dia 21 de maio a 20 de junho.

A deflação nos preços dos produtos agropecuários atacadistas se intensificou este mês, com queda de 2,10% em junho, em comparação com o recuo de 1,84% em maio, no âmbito do IGP-M. A informação foi divulgada hoje pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). De acordo com a fundação, ainda no atacado, a inflação dos preços dos produtos industriais desacelerou de 0,72% para 0,15%, de maio para junho.

Dentro do Índice de Preços por Atacado segundo Estágios de Processamento (IPA-EP), que permite visualizar a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva, os preços dos bens finais também mostraram queda mais intensa, e caíram 0,50% em junho, após recuarem 0,11% em maio. Por sua vez, os preços dos bens intermediários registraram queda de 0,39% este mês, em comparação com a alta de 0,44% em maio. Já os preços das matérias-primas brutas apresentaram deflação de 0,47% em junho, após caírem 0,35% no mês passado. 

Atacado

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-M) caiu 0,45% este mês, após subir 0,03% em maio. A inflação atacadista acumula altas de 2,49% no ano e de 9,65% em 12 meses até junho. O IPA-M representa 60% do total do IGP-M. O IPA-M de junho teve o menor resultado nesse tipo de indicador desde dezembro de 2009 (-0,50%).

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Os preços dos produtos agrícolas acumulam aumentos de 1,10% no ano e de 19,72% em 12 meses no âmbito do IGP-M. Já os preços dos produtos industriais registraram altas de 2,99% no ano e de 6,49% em 12 meses.

Dentro do Índice de Preços por Atacado segundo Estágios de Processamento (IPA-EP), que permite visualizar a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva, os preços dos bens finais tiveram aumentos de 1,14% no ano e de 4,26% em 12 meses até junho. Por sua vez, os preços dos bens intermediários tiveram altas acumuladas de 2,76% no ano e de 5,28% em 12 meses. Já os preços das matérias-primas brutas acumularam aumentos de 3,70% no ano e de 23,62% em 12 meses, até junho.

Entre os produtos pesquisados para cálculo da inflação atacadista, o destaque absoluto nas altas de preços mais expressivas ficou com minério de ferro (6,86%); seguido por soja em grão (2,54%); e leite in natura (3,53%). Já as mais expressivas quedas de preço foram registradas em álcool etílico anidro (-30,31%); cana-de-açúcar (-4,19%); e aves (-6,93%). 

Varejo

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O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M) apresentou queda de 0,12% em junho, ante aumento de 0,90% no mês passado. A inflação no varejo acumula altas de 3,99% no ano e de 6,28% em 12 meses até junho. O IPC-M representa 30% do total do IGP-M. O IPC-M de junho teve a menor taxa desde agosto de 2010 (-0,27%).

Segundo a FGV, o retorno à deflação na taxa do IPC-M, de maio para junho (de 0,90% para -0,12%) foi influenciado por quedas ou desacelerações de preços em seis das sete classes de despesa usadas para cálculo do indicador. Entre os destaques, estão as mudanças de trajetórias de preços em Alimentação (de 1,09% para -0,81%) e em Transportes (de 1,14% para -1,34%), de maio para junho. Isso porque, na primeira classe de despesa, houve quedas de preços em hortaliças e legumes (-3,17%) e frutas (-6,20%). Já na segunda classe de despesa, houve recuos nos preços de gasolina (-3,69%) e de álcool combustível (-13,89%).

Os outros grupos que apresentaram desaceleração de preços foram Habitação (de 0,84% para 0,45%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,89% para 0,54%), Despesas Diversas (de 0,49% para 0,15%) e Vestuário (de 1,14% para 0,83%). O único grupo a apresentar aceleração de preços, no mesmo período, foi o de Educação, Leitura e Recreação (de 0,22% para 0,55%).

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Entre os produtos pesquisados junto ao consumidor, a FGV informou que as altas de preço mais expressivas no varejo foram registradas em tomate (15,20%); aluguel residencial (0,87%); e passagem aérea (16,92%).  Já as mais expressivas quedas de preço foram apuradas em batata-inglesa (-22,72%); e nos já citados gasolina e álcool combustível. 

Construção

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O Índice Nacional de Custos da Construção (INCC-M) subiu 1,43% em junho, após a elevação de 2,03% em maio. A inflação na construção civil acumula altas de 5,52% no ano e de 7,81% em 12 meses até junho. O INCC-M representa 10% do total do IGP-M. O INCC-M apresentou a menor taxa desde abril de 2011 (0,75%).

De acordo com a fundação, a desaceleração de preços no setor de maio para junho (de 2,03% para 1,43%), foi influenciada por aumentos mais fracos de preços em materiais, equipamentos e serviços (de 0,45% para 0,41%); e em mão de obra (de 3,70% para 2,46%).

Entre os produtos pesquisados na construção, a FGV informou que as altas mais expressivas foram apuradas em ajudante especializado (2,21%); servente (2,22%); e carpinteiro - fôrma, esquadria e telhado (2,74%). Já as mais significativas quedas de preços foram registradas em condutores elétricos (-2,52%); madeira para telhados (-0,11%); e rodapé de madeira (-0,34%).

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