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Impacto fiscal da renegociação da dívida será de R$ 1,2 bi

Segundo o ministro da Fazenda, custo será bem menor que os ganhos para os produtores, de R$ 9 bilhões

Por Fabio Graner , Fabiola Salvador e da Agência Estado
Atualização:

O ministro da Fazenda Guido Mantega, informou nesta terça-feira, 27, que a renegociação das dívidas do setor agrícola terá um custo fiscal para a União de R$ 1,2 bilhão. Esse custo é bem menor do que os R$ 9 bilhões de ganhos previstos por Mantega para os produtores rurais com a série de medidas anunciadas nesta noite. Essa diferença, explicou o ministro, deve-se ao fato de que boa parte das dívidas a serem renegociadas já haviam sido lançadas em prejuízo ou provisionadas, o que já gerou um custo fiscal no passado. As medidas de renegociação vão desde a redução de encargos de inadimplência e juros a desconto de saldo devedor.   Veja também: Governo anuncia MP para renegociar R$ 75 bi em dívidas rurais Veja histórico das negociações das dívidas rurais   Mantega destacou que a renegociação vai reintegrar milhares de produtores rurais ao mercado produtor. Ele acrescentou que é preciso aproveitar o momento de alta das commodities agrícolas e de crescimento da demanda internacional para o Brasil conquistar espaços no mercado mundial. O ministro explicou que a crise de alimentos, por um lado, traz problemas inflacionários, mas, por outro, é um "desafio e uma oportunidade" de o Brasil expandir a produção e ampliar seu mercado. "Por isso é importante reintegrar os produtores ao mercado", justificou. Ele ainda ressaltou que o Brasil pode ajudar a suprir a falta de alimentos hoje no mundo.   "Vivemos um momento importante para a agricultura brasileira, que mostra superioridade em relação a outros países", afirmou. Ele informou que serão beneficiados 2,8 milhões de contratos que representam uma dívida da ordem de R$ 75 bilhões. Ele lembrou que o governo renegociou dívidas até da década de 80.

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