O Bradesco teve nova alta do índice de inadimplência no segundo trimestre. O indicador fechou junho em 4,2%, considerando os atrasos acima de 90 dias, pouco acima dos 4,1% do primeiro trimestre deste ano. A expansão foi puxada pela carteira de empréstimos a grandes empresas.
Foi o quinto trimestre consecutivo com alta da inadimplência, que vem subindo desde março de 2011. Naquele mês, o indicador estava em 3,6%.
O indicador para atrasos nas carteiras de pessoa física ficou estável em 6,2% no segundo trimestre ante o primeiro. Na pequena e média empresa também houve estabilidade, com a inadimplência se mantendo em 4,2%. Já na grande empresa, houve aumento de 0,4% (índice do final de março) para 0,9%.
Ante a inadimplência maior, o Bradesco fez novo reforço das provisões para devedores duvidosos. A despesa com provisões foi de R$ 3,4 bilhões no segundo trimestre, alta de 10% ante o primeiro período do ano. No semestre, elas cresceram 35%.
Outro fator que levou o banco a reforçar as provisões, de acordo com o balanço, foi a expectativa de perdas nos empréstimos a determinadas empresas, que se encontram em processo de reestruturação de dívida.
O saldo total das provisões para devedores duvidosos do Bradesco no final de junho era de R$ 20,7 bilhões. Desse total, R$ 16,7 bilhões são de provisões exigidas pelo Banco Central e R$ 4 bilhões de provisões excedentes.