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Inadimplência sobe para nível mais alto em 2 anos

Em outubro, nível chegou a 5,5%, mesmo patamar verificado nos meses de dezembro de 2009 e janeiro de 2010, quando a inadimplência estava, igualmente, em 5,5%

Por Fernando Nakagawa e da Agência Estado
Atualização:

A inadimplência média nas operações de crédito voltou a subir em outubro, ao passar de 5,3% em setembro para 5,5% no mês passado. Segundo dados apresentados hoje pelo Banco Central (BC), o nível de calote dos empréstimos voltou ao patamar verificado nos meses de dezembro de 2009 e janeiro de 2010, quando a inadimplência estava, igualmente, em 5,5%.Segundo o BC, a alta da inadimplência em outubro ocorreu especialmente nas operações para empresas, cujo índice subiu de 3,8% para 4,0% de um mês para o outro. Nas operações para pessoas físicas, a taxa subiu, mas em ritmo menor, de 7,0% para 7,1%.

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O volume ofertado também cresceu. De acordo com o BC, a alta foi de 0,8% na comparação com setembro. Com a expansão, o total de financiamentos concedidos pelos bancos às empresas, pessoas físicas e setor público atingiu R$ 1,946 trilhão no mês passado. Em 2011 até outubro, essa cifra cresceu 14,1% e a taxa de expansão em 12 meses é de 18,4%.

Entre as várias operações de crédito, as destinadas ao setor habitacional lideraram no mês passado, com crescimento de 2,8%. As operações para pessoas físicas tiveram expansão de 1% e para a indústria, de 0,5%. Para comércio, o aumento foi de 0,6% e para os demais serviços, de 0,4%. Com isso, as concessões para o setor habitacional retomam a liderança em termos de ritmo de expansão mensal, após terem perdido esse posto no mês passado.

Entre as operações para pessoa física, o crédito voltado para a compra de veículos cresceu 0,1% em outubro, ante setembro, e acumulou expansão de 11,4% em 12 meses. Nas operações habitacionais, o aumento em 12 meses é de 46,9%.

A despeito da expansão dos empréstimos em outubro, a participação do crédito no PIB continuou em 48,5%, exatamente como em setembro. Em outubro de 2010, essa relação era de 45,6%.

Custo

O juro médio também voltou a crescer. A taxa média paga nos financiamentos ficou em 39,5% ao ano no mês passado, superior aos 39,0% verificados em setembro.

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O aumento do juro aconteceu exclusivamente nas operações destinadas às pessoas físicas, cuja taxa média passou de 45,7% para 47,0% entre setembro e outubro. Nos financiamentos para empresas, a trajetória foi contrária e o juro médio recuou de 30,0% para 29,8%.

A alta do juro em outubro é explicada pela elevação da margem praticada pelos bancos nessas operações, o chamado spread bancário. Na média, essa margem subiu de 28,1 pontos porcentuais em setembro para 28,9 pontos em outubro. Assim como nos juros, a alta do spread foi liderada pelas operações para pessoa física, cuja margem média passou de 35 para 36,5 pontos. Nos financiamentos para empresas, o spread subiu menos, de 18,9 para 19 pontos.

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