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Incêndio causou apagão que atingiu Nordeste e Norte do País, diz ONS

Segundo o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico, fogo afetou linha que faz ligação das operações nas duas regiões

Por Felipe Tau
Atualização:

Atualizado às 17h20

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SÃO PAULO - O apagão que afetou o nordeste e parte da região norte do País na madrugada desta sexta-feira, 26, foi causado por um incêndio em uma linha que liga o sistema Norte-Nordeste ao sistema Sul-Sudeste, segundo informações preliminares do diretor geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp. De acordo com o ONS, o problema teve início por volta das 0h14 (horário de Brasília) e as linhas começaram a ser recompostas às 1h20 em algumas cidades - o número não foi especificado.

O presidente da Taesa, controlada pela Cemig, afirmou que, provavelmente, um raio teria sido a causa de uma sobrecorrente na linha de transmissão da companhia entre Colinas e Imperatriz (MA) que culminou com o apagão dessa madrugada em Estados das regiões Norte e Nordeste.

Às 2h40 da madrugada a energia foi restabelecida nos locais atingidos na região Norte e depois, às 5h30, no Nordeste, segundo a ONS.

Segundo o ONS, houve um curto-circuito na linha de transmissão Colinas, no Tocantins, e Imperatriz, no Maranhão. A estrutura faz parte da interligação entre os sistemas Sul/Sudeste/Centro-Oeste e Norte/Nordeste e é de propriedade da Taesa, empresa que tem a Cemig e um fundo de investimentos como acionistas majoritários.

Em nota divulgada hoje, o ONS diz que este evento ocorreu em uma chave seccionadora do capacitor série da linha de transmissão, que ficou danificada. O defeito foi eliminado pela atuação das proteções de retaguarda da subestação Colinas, que resultou no desligamento de oito circuitos de 500 kV a ela conectados. Essa ação causou a separação do sistema Norte/Nordeste do restante do Sistema Interligado Nacional (SIN) e, em seguida, a separação dos sistemas Norte e Nordeste.

"Em princípio, sem identificação de causa com precisão ainda, houve um incêndio em uma chave seccionadora de um equipamento que é um capacitor série do circuito dois da linha de transmissão de 500 kV entre as subestações Colinas e Imperatriz, a interligação do sistema Norte-Nordeste ao sistema Sul-Sudeste", explicou Chipp em entrevista ao programa Bom Dia Brasil, da TV Globo.

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Após o incêndio, um sistema de proteção desligou todas as linhas, com oito circuitos que se conectam à subestação Colinas, isolando o sistema Norte-Sul do restante da rede, informou Chipp.

O diretor disse que a falha na distribuição de energia não foi causada por falta de manutenção, nem pela idade da linhas afetadas - segundo ele, entre as mais novas do País. Chipp afirmou ainda que não é possível garantir que novos apagões não irão ocorrer. "A gente faz todos os esforços para evitar,  mas dizer que não vai ter é impossível, porque equipamento falha. Está acontecendo num intervalo pequeno de tempo mas ficou um tempo enorme sem acontecer."

(Com informações da Agência Estado)

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