As incorporadoras estão trabalhando para buscar oportunidades. A cidade de São Paulo sofre com a falta de espaços para novas construções, especialmente nas regiões com mais procura, como a da Avenida Faria Lima. Como comparação, a taxa de vacância na Faria Lima é de 14%, 11 pontos porcentuais abaixo da média paulistana.
Porém, uma região que ainda tem áreas a ser exploradas é a da Berrini, que tem quase 30% dos imóveis vagos. Logo, isso pode ser um problema para a retomada da exploração de novos edifícios. Segundo Yara Matsuyama, diretora de locações de escritórios da JLL, a taxa de equilíbrio, que representaria um estímulo a construções, é de 15%.
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Na construtora Tecnisa, a ordem é focar ainda mais no residencial. A empresa até tem planos para construir novos prédios corporativos, especialmente se encontrar boas oportunidades de terrenos, mas, para Alexandre Mangabeira, diretor executivo de incorporação, ainda há um movimento nebuloso sobre o retorno das pessoas ao escritório no pós-pandemia.
Por isso, a empresa está apostando mais em edifício híbridos, em que a maioria dos andares contempla apartamentos residenciais, porém há alguns reservados para espaços de coworking, que a empresa pretende arrendar.
Já a Tishman Speyer, companhia que investe em empreendimentos no Brasil e no mundo, está de olho em ativos que contemplem esse novo momento dos escritórios, como prédios com mais espaços abertos. Segundo Daniel Cherman, diretor-geral da empresa no País, a ideia foi buscar oportunidades para a renovação de prédios (“retrofit”). Uma investida da empresa foi na aquisição da antiga sede da Serasa Experian, na Avenida Indianópolis.
Para o futuro, a empresa não nega a intenção de participar de novas construções, mas sempre está de olho na pandemia e na taxa de vacância. “A tomada da decisão precisa ser rápida para os prédios serem entregues em até cinco anos, quando acredito que a demanda estará maior do que a oferta”, diz Cherman.