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Indústria aérea mundial perderá US$4,7 bilhões em 2009, diz Iata

Por ROBERT EVANS
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As companhias aéreas do mundo devem perder 4,7 bilhões de dólares este ano como resultado da recessão global que encolheu o tráfego de passageiros e a demanda por cargas, informou nesta terça-feira a associação do setor Iata. A Associação Internacional de Transporte Aéreo estimava em dezembro que a indústria perderia 2,5 bilhões de dólares em 2009. "A situação da indústria aérea hoje é cinzenta. A demanda se deteriorou de maneira muito mais rápida com a desaceleração econômica do que nós poderíamos prever", disse o diretor-geral da Iata, Giovanni Bisignani. "O alívio dos preços menores de combustíveis está sendo sobrepujado pela demanda em queda e receitas despencando. A indústria está em tratamento intensivo." A Iata, que representa 230 companhias aéreas incluindo British Airways e United Airlines, também aumentou a estimativa das perdas das companhias aéreas internacionais em 2008 para 8,5 bilhões de dólares, ante previsão anterior de 8 bilhões de dólares. O órgão suíço informou que sua nova previsão é baseada na perspectiva de que a economia e a demanda por transporte aéreo vão atingir o fundo do poço em meados de 2009 e então começar a se recuperarem. "Esperamos melhores condições mais para o fim do ano ou início de 2010", disse Bisignani em entrevista no aeroporto de Genebra. As principais companhias aéreas reduziram tarifas para encorajar o tráfego e revelaram uma série de medidas de cortes de custos para se manterem operando em meio à crise. As tarifas devem continuar baixas durante o ano. As companhias aéreas da região Ásia-Pacífico continuarão sendo as mais atingidas pela crise econômica, devendo sofrer perdas de 1,7 bilhão de dólares, contra previsão anterior de prejuízos de 1,1 bilhão de dólares em 2009, segundo a Iata. Quase 40 companhias aéreas suspenderam operações nos últimos 15 meses por incapacidade de pagarem suas contas, disse Bisignani. A demanda internacional de passageiros caiu 5,6 por cento em janeiro em relação ao mesmo mês de 2008 e os volumes de cargas recuaram 23,2 por cento na mesma comparação, na oitava contração consecutiva.

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