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Indústria diminui ritmo de expansão em setembro

Indicador registrou 53 pontos no mês passado, ante 55,1 em agosto, aponta sondagem da CNI

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Por Eduardo Rodrigues e da Agência Estado
Atualização:

A atividade industrial manteve crescimento em setembro, mas diminuiu o ritmo de expansão em relação a agosto, de acordo com sondagem divulgada nesta quarta-feira, 27, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Em uma escala onde valores acima de 50 pontos significam aumento na produção, o indicador de setembro registrou 53 pontos, ante 55,1 pontos em agosto.

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O resultado também ficou abaixo da média histórica medida pela sondagem, de 53,6%. Segundo a CNI, porém, a indústria mantém "uma trajetória de expansão disseminada", sendo que 19 dos 26 setores pesquisados apresentaram aumento de produção em setembro. Além disso, as pequenas empresas, que haviam interrompido a expansão no segundo trimestre deste ano, voltaram a registrar variação positiva entre julho e setembro.

O documento ressalta que é usual o aumento da atividade industrial entre o segundo e o terceiro trimestre, por conta das encomendas para o fim do ano. Com isso, o número de empregados na indústria também cresceu no terceiro trimestre, com indicador em 55,2 pontos. O ritmo de expansão superou o do trimestre anterior, quando a média da variável foi de 54,6 pontos. De acordo com a sondagem, esse foi o quinto trimestre consecutivo de expansão no emprego industrial.

Da mesma forma, o uso da capacidade instalada no terceiro trimestre ficou próximo do usual para o período. Em setembro, o indicador registrou 50,4 pontos, praticamente em cima do ponto de referência de 50 pontos. De acordo com a CNI, a indústria operou com 76% do parque instalado no terceiro trimestre, pouco acima da média histórica do indicador, de 74%. Em relação ao terceiro trimestre de 2008 - período imediatamente anterior à crise - a utilização da capacidade ainda foi dois pontos percentuais inferior.

Mesmo com o aumento da produção e do uso da capacidade em setembro, a indústria conseguiu eliminar os estoques indesejados. Segundo a sondagem, os estoques ficaram dentro do planejado, com indicador em 50,2 pontos. Na média do terceiro trimestre, porém, a variável chegou a 51,2 pontos, acima da média histórica de 49,7 pontos.

 

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