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Indústria reduz projeção de exportação de café torrado e moído

Por Agencia Estado
Atualização:

São Paulo, 24 - A Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) e a Agência de Promoção à Exportação (Apex) estão revendo para baixo o resultado da exportação de café torrado e moído para este ano. Inicialmente, a expectativa era de receita de cerca de US$ 29 milhões. Agora, os números devem ficar entre US$ 15 e US$ 20 milhões. O diretor-executivo da Abic, Nathan Herszkowicz, justifica que o fechamento de negócios com o exterior é demasiadamente lento. Quando se trata de colocar marca própria no varejo a dificuldade é ainda maior. Os contratos prevêem cláusulas sobre qualidade e tipo de embalagem, entre outros detalhes, que demoram a ser acertados. Também pesa contra a indústria torrefadora nacional o alto investimento que deve ser desembolsado para promover o produto em pontos de venda. Segundo Nathan, a concorrência com marcas consolidadas é outro fator limitante. "É mais fácil vender fruta fresca tropical, que para o estrangeiro é uma novidade exótica", exemplificou. Apesar disso, o resultado deste ano deve superar os US$ 12,8 milhões do ano passado e está muito acima do desempenho de 2002, cuja receita foi de apenas US$ 5,7 milhões. Por isso, o programa de estímulo à exportação de torrado e moído continua em desenvolvimento. A participação da indústria torrefadora em feiras internacionais está garantida. O próximo evento de porte deve ser o salão de alimentação de Paris. Rodadas de negociações com compradores estrangeiros também são organizadas. No próximo encontro nacional da indústria (12º Encafé), na Costa do Sauípe, na Bahia, um grupo de potenciais compradores de redes varejistas dos EUA, vai participar do evento. Estima-se que cerca de 60% do café torrado e moído exportado no mundo tem como destino os EUA, principal mercado consumidor de café do planeta.

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