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Inflação do aluguel desacelera em outubro para alta de 0,86%

Em setembro, IGP-M havia registrado forte alta, de 1,5%; no ano, o indicador sobe 4,58% e em 12 meses, 5,27%

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Por Beatriz Bulla e da Agência Estado
Atualização:

SÃO PAULO - O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), principal indicador de reajuste de contratos de aluguel, desacelerou de 1,50% em setembro para 0,86% em outubro, divulgou a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O resultado do IGP-M de outubro ficou dentro do intervalo das estimativas dos analistas do mercado financeiro consultados pelo AE Projeções, entre 0,83% e 0,97%, e abaixo da mediana de 0,91%.

Entre os três indicadores que compõem o IGP-M, o IPA-M saiu de 2,11% em setembro para 1,09% em outubro. Na mesma base de comparação, o IPC-M saiu de 0,27% para 0,43%. O INCC-M desacelerou de 0,43% para 0,33%.

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Do total do IGP-M, 60% vem da variação de preços no atacado. Os preços dos produtos agropecuários no atacado subiram 0,49% em outubro, após registrarem alta de 2,97% em setembro. Já os preços de produtos industriais avançaram 1,32% ante alta de 1,79% em setembro.

O Índice de Preços ao Produtos Amplo (IPA), que representa os preços no atacado, apresentou alta de 1,09% em outubro depois de avançar 2,11% em setembro. Em 12 meses, o IPA acumula alta de 4,85% e, no ano, de 4,29%.

Na inflação ao consumidor, a principal contribuição veio dos alimentos. De setembro para outubro, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) acelerou de 0,27% para 0,43%. No mesmo período, Alimentação saiu de 0,14% para 0,63%, puxado por hortaliças e legumes (-11,18% para -5,46%) e carnes bovinas (-0,11% para 2,47%).

As maiores influências positivas para o IPC-M foram refeições em bares e restaurantes (de 0,95% em setembro para 0,60% em outubro), aluguel residencial (de 0,60% para 0,76%), plano e seguro de saúde (repetição da taxa de 0,67%), tomate (de -11,56% para 13,79%) e passagem aérea (de -0,14 para 12,34%).

Construção

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O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) desacelerou de 0,43% em setembro para 0,33% em outubro. O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços foi para 0,68% ante 0,91% no mês anterior. O índice que representa o custo da mão de obra não registrou variação pelo segundo mês consecutivo.

Entre as maiores pressões positivas do INCC-M na passagem de setembro para outubro estão cimento portland comum (de 0,03% para 2,27%), vergalhões e arames de aço ao carbono (de 3,80% para 1,45%), esquadrias de alumínio (de 2,52% para 1,71%), tubos e conexões de ferro e aço (de 1,81% para 1,50%) e metais para instalações hidráulicas (de 0,48% para 0,99%).

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