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Inflação do aluguel desacelera na 1ª prévia de maio, para 0,03%

Até a primeira prévia de maio, o índice acumula aumentos de 1,01% no ano e de 6,24% em 12 meses 

Por Fernanda Nunes e da Agência Estado
Atualização:

RIO - A primeira prévia do IGP-M de maio subiu 0,03% após apresentar aumento de 0,42%, em igual prévia do mesmo índice no mês passado, de acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV). O índice é muito usado para reajuste no preço do aluguel.

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A taxa anunciada ficou dentro do intervalo das estimativas dos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo AE-Projeções, que esperavam de uma queda de 0,10% a alta de 0,09%, com mediana das expectativas em -0,03%.

A FGV informou ainda os resultados dos três indicadores que compõem a primeira prévia do IGP-M de maio. O IPA-M caiu 0,17% na primeira prévia do índice este mês, em comparação com a alta de 0,38% na primeira prévia de abril. Por sua vez, o IPC-M apresentou alta de 0,31% na prévia anunciada hoje, após subir 0,43% na primeira prévia de abril.

Já o INCC-M teve elevação de 0,66% na primeira prévia deste mês, após registrar aumento de 0,67% na primeira prévia de abril. Até a primeira prévia de maio, o índice acumula aumentos de 1,01% no ano e de 6,24% em 12 meses. O período de coleta de preços para cálculo da primeira prévia do IGP-M de maio foi do dia 21 a 30 de abril.

Alimentos

O comportamento dos preços dos alimentos está ditando a perda de ritmo da inflação. A primeira prévia do IGP-M em maio apresentou desaceleração para 0,03%, de 0,42% em igual período do mês anterior, por conta, sobretudo, da queda dos preços dos produtos agropecuários. O milho (-5,35%), as aves (-7,93%) e o trigo (-2,13%) são alguns dos destaques desse grupo.

Como consequência, as rações (-5,99%), que utilizam os grãos como insumo, lideram as quedas entre os bens intermediários. No grupo de bens finais, sobressaem a variação de preços das aves abatidas e frigorificadas (-2,09%), carnes suínas (-7,72%), açúcar refinado (-3,71%) e tomate (-28,04%). No atacado, o grupo de alimentos processados, no entanto, continua acelerando, tendo passado de 0,10% para 0,70%, por causa, principalmente, do leite industrializado (de 1,66% para 7,16%) e dos seus derivados, como o creme de leite (de 2,09% para 3,37%). Os preços seguem a tendência de alta nesse período de entressafra, que deve durar até junho.

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A expectativa para o atacado é de continuidade do processo de desaceleração até o fim do mês. "A tendência das commodities é cair um pouco menos, o que já provoca aceleração do indicador. Em compensação, os in natura devem continuar a recuar. É uma queda de braço", disse o economista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV) André Braz.

A queda dos preços no atacado, que vinha aparecendo em indicadores passados, já tem reflexo no varejo. Para o consumidor final, a inflação dos alimentos passou de 0,84% para 0,07%, entre as primeiras prévias do IGP-M de abril e maio. Nesse caso, foram destaque os alimentos in natura (de 7,18% para -6,61%). Mesmo o tomate, até então considerado o vilão da inflação, está com os preços em queda, tendo registrado taxa de -22,86% em maio, após alta de 9,53% em abril.

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