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Inflação e fluxos de capital ainda são riscos para o Brasil, diz OCDE

Para Organização, o Brasil precisa continuar cortando os gastos do governo e atraindo investimentos privados se quiser derrotar os dois problemas

Por Danielle Chaves e da Agência Estado
Atualização:

O Brasil precisa continuar cortando os gastos do governo e atraindo investimentos privados se quiser derrotar a inflação persistentemente alta e os riscos provocados pelos fluxos de entrada de capital voláteis, afirmou a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE).

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Em seu mais recente relatório econômico global, a OCDE disse que a inflação e os fluxos de capital continuam sendo as principais ameaças para o Brasil. "Um risco importante é a inflação mais alta, que pode colocar em perigo a credibilidade do banco central (brasileiro)", afirmou a instituição. "Os fluxos de entrada de capital podem exacerbar esse risco, embora uma mudança no sentimento que reverta esses fluxos possa prejudicar o crescimento."

Segundo a OCDE, os cortes nos gastos públicos anunciados mais cedo neste ano, que deixaram programas sociais e de infraestrutura intocados, foram um passo bem vindo para ajudar a reduzir as pressões inflacionárias. Mas a instituição acrescentou que a credibilidade do governo seria melhorada por meio da implementação de "um plano de médio prazo de consolidação fiscal para otimizar o crescimento".

Em particular, a instituição recomendou um programa orçamentário plurianual que garantiria aos mercados que a redução dos gastos não será revertida com o tempo.

Sobre a questão dos fluxos de moeda e da volatilidade no câmbio, a OCDE disse que o Brasil ainda tem mais trabalho a fazer para aprofundar seus mercados de capital. "No médio prazo, promover o desenvolvimento dos mercados financeiros de longo prazo aumentaria a capacidade do país de absorver os fluxos de capital e elevar o crescimento potencial", afirmou.

A OCDE observou que as perspectivas para a atividade econômica local permanecem positivas, com uma expansão prevista em torno dos níveis potenciais. A instituição projeta crescimento real de 4,1% no Produto Interno Bruto (PIB) do País em 2011 e de 4,5% em 2012. Para a inflação, a expectativa é de declínio gradual, para 5,1% em 2012, de cerca de 6,6% neste ano. As informações são da Dow Jones. 

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