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Inflação menor foi motivada por oferta de alimentos e desoneração da cesta

Ainda assim, a inflação medida pelo IPCA atingiu em maio o teto da meta, estipulada pelo CMN, de 6,50% 

Por Fernanda Nunes e da Agência Estado
Atualização:

RIO - A desaceleração da alta da taxa do Índice Nacional de Preços Consumidor Amplo (IPCA), na passagem de abril para maio, de 0,55% para 0,37%, foi motivada, sobretudo, pelo aumento da oferta de produtos alimentícios - diante de uma safra recorde em 2013 e da melhora do clima, que favoreceu a colheita dos in natura - e pela desoneração de uma cesta de produtos pelo governo.

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Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), diante de uma oferta maior de alimentos, os preços subiram com menos intensidade em maio do que em abril. Ainda assim, a inflação medida pelo IPCA atingiu em maio o teto da meta, estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 6,50%. Em abril, essa taxa acumulada em 12 meses estava em 6,49%.

"Houve uma mudança de tendência na inflação dos alimentos. Não é possível saber o quanto tem a ver com a safra e o quanto, com a desoneração", afirmou a coordenadora de Índices de Preços do IBGE, Eulina Nunes do Santos.

Os únicos grupos que aceleraram a alta, na passagem de abril para maio, foram os de habitação (de 0,62% para 0,75%), por causa de um reajuste da taxa de água e esgoto em São Paulo, Goiânia e Belo Horizonte; vestuário (de 0,65% para 0,84%); e comunicação (de -0,32% para 0,08%)

Embora o grupo habitação esteja entre as contribuições positivas na formação no IPCA de maio, no ano, acumula queda de 0,75%, por causa da redução da tarifa de energia concedida no primeiro trimestre. Em 12 meses, habitação (2,66%) apresenta uma das menores taxas entre os grupos e foi um dos que mais contribuiu para conter a inflação dentro do intervalo da meta do governo. O seu peso na formação do índice de inflação é de 14,18%.

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