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Investidor brasileiro fica mais ‘jovem’

Levantamento da B3 mostra que idade média das pessoas físicas que aplicam em ações recuou quase 11 anos entre 2016 e 2021; atualmente, Bolsa brasileira tem 5 milhões de clientes

Foto do author Wesley Gonsalves
Foto do author Fernanda Guimarães
Por Wesley Gonsalves e Fernanda Guimarães
Atualização:

Em 2020, aos 23 anos, Renan Oliveira fez seu primeiro investimento na Bolsa: comprou R$ 5 mil em ações da Cielo e da Itaúsa. Assim como Renan, trainee em um escritório de contabilidade, cada vez mais jovens brasileiros buscam a renda variável – o que levou a um “rejuvenescimento” do perfil do investidor na B3, a Bolsa brasileira. 

Levantamento feito pela B3, a pedido do Estadão, mostra que a idade média do cliente pessoa física no mercado acionário nacional recuou quase 11 anos desde 2016: a idade média do investidor na Bolsa brasileira era de 48,7 anos; no fim de 2021, ficou em 37,9 anos.  Mas o que quer o investidor que busca o mercado de ações logo no início da vida financeira independente? Renan Oliveira, que consegue investir cerca de um terço de seu salário, diz que sua meta é de longo prazo. “Meu foco é ter estabilidade financeira no médio prazo e, no futuro, ter uma fonte de renda para quando eu estiver mais velho e quiser me aposentar.”

Renan Oliveira investe um terço do salário que ganha como trainee Foto: Daniel Teixeira/ Estadão

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Hoje, dos 5 milhões de brasileiros com contas na B3, 62% têm menos de 40 anos. E boa parte desse “rejuvenescimento” está relacionada à entrada no mercado financeiro de um contingente de jovens que acabaram de começar a vida profissional. Um total de 600 mil brasileiros com idade até 24 anos já investe em ações, ou 12% do total.

Esse grupo foi justamente o que mais cresceu em termos porcentuais: isso porque a participação dos jovens de até 24 anos no contingente de investidores não somava sequer 1% do total há cinco anos. 

Uma das razões que facilitaram o interesse desse público por papéis de empresas foi a digitalização: com boa parte das negociações migrando para a internet, a renda variável entrou na pauta dos chamados “nativos digitais”.

Especialistas dizem, porém, ver a situação com certa cautela: investidores menos experientes podem se iludir com promessas de ganhos rápidos e que minimizam o risco inerente à Bolsa. 

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