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Itália tem número mais alto de jovens inativos da União Europeia

Dois milhões de jovens com idades entre 15 e 29 anos estão incluídos na categoria dos que estão sem emprego, estudo ou treinamento, o que representa 21,2% da população

Por Regina Cardeal e da Agência Estado
Atualização:

Um em cada cinco jovens na Itália não está trabalhando nem estudando, o que marca o número mais alto de jovens "inativos" na União Europeia, segundo o instituto de estatística italiano Istat.

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Os dois milhões de jovens com idades entre 15 e 29 anos incluídos na categoria dos que estão sem emprego, estudo ou treinamento representam 21,2% da população, disse o Istat.

A proporção de jovens nesta situação é mais alta no sul do país, mas está crescendo mesmo nas regiões mais ricas e industrializadas do norte da Itália, acrescentou o instituto.

A recessão, seguida por uma aguda crise da dívida, que atingiu a Europa nos últimos dois anos foi prejudicial em particular para os jovens do continente, ao cortar empregos e congelar contratações em companhias públicas e privadas.

Em países como Espanha, Grécia e Itália, a taxa de desemprego entre os jovens subiu rapidamente, tornando-se um dos principais problemas das agendas políticas dos países.

Segundo o estudo do Istat, o emprego das mulheres também está sendo negativamente atingido na Itália.

O relatório afirma que 48,9% das mulheres italianas - quase um em cada duas - não têm emprego nem estão procurando colocação. Este nível de inatividade só é menor em Malta, segundo o Istat.

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O estudo também mostra que a Itália gasta menos do que outros países europeus em educação. Em 2008, o país investiu cerca de 4,6% do PIB em educação, ante a média de 5,2% no restante da União Europeia.

Menos de 20% dos italianos na casa dos 30 anos têm diploma universitário.

O parlamento italiano recentemente deu sua aprovação final para uma reforma do sistema universitário, uma medida que é parte das amplas medidas de austeridade do governo e que é destinada a tornar o sistema universitário mais eficiente. O plano desencadeou semanas de protestos, com frequência violentos, dos estudantes.

As informações são da Dow Jones

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