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Italiana Enel Green inicia construção de usina solar de R$ 1,4 bi no Piauí

Previsão é de que a usina entre em operação em 2020; empresa já investiu US$ 175 milhões, algo em torno de R$ 542 milhões, na Bahia

Por Luciana Collet (Broadcast)
Atualização:

A italiana Enel Green anunciou nesta segunda-feira, 22, o início da construção do parque solar São Gonçalo, de 475 MW, em São Gonçalo do Gurgueia, no Piauí. Segundo a empresa, subsidiária do grupo italiano Enel, este é o maior projeto solar fotovoltaico atualmente em construção na América do Sul e receberá investimentos da ordem de R$ 1,4 bilhão. A previsão é de que a usina entre em operação em 2020.

Investimento. Parque recebeu aporte deUS$ 175 milhões Foto: Daniel Teixeira/Estadão

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"O início da construção desta planta fotovoltaica fortalece a nossa liderança no setor brasileiro de energias renováveis e confirma mais uma vez a importância que damos ao desenvolvimento da energia solar no País", afirmou Antonio Cammisecra, responsável da Enel Green Power, linha global de negócios de energias renováveis do Grupo Enel.

Da capacidade instalada total de 475 MW, 388 MW foram vendidos no leilão A-4 realizado em dezembro de 2017, em contratos de fornecimento de energia de 20 anos. Os 87 MW restantes serão direcionados ao mercado livre.

O Grupo Enel possui, por meio de suas subsidiárias Enel Green Power e Enel Brasil, uma capacidade instalada total de mais de 2,9 GW provenientes de fontes renováveis, dos quais 842 MW de energia eólica, 820 MW de energia solar fotovoltaica e 1.269 MW de energia hídrica. Além disso, a empresa tem mais de 1 GW em execução no Brasil, conquistados nos leilões de 2017.

Bahia

Essa não é a primeira incursão da empresa italiana no Brasil. Só em Bom Jesus da Lapa (BA), localizada à beira do Rio São Francisco, a Enel Green Power investiu US$ 175 milhões, algo em torno de R$ 542 milhões. Em pouco mais de um ano, 500 mil painéis solares passaram a cobrir uma área de 330 hectares, o equivalente a 462 campos de futebol. Nesse período, a cidade sertaneja, acostumada com o vaivém dos fiéis e com cifras bem mais modestas, passou a conviver com uma mistura de idiomas.

Como a cadeia de produção no Brasil ainda é incipiente, os equipamentos para montar o parque solar vieram de várias partes do mundo. Os painéis que captam a luz do sol foram fabricados na China; os conversores para transformar a energia solar na eletricidade que chega à casa dos consumidores vieram da Itália; e a montagem da estrutura que permite a movimentação dos painéis na direção do sol foi feita por espanhóis.

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No auge da obra, foram contratados mais de mil trabalhadores para o empreendimento. Por estar ao lado da cidade, não houve necessidade de construir alojamentos, como ocorre em grandes projetos. Além disso, a estrutura de hotéis existente para os fiéis que visitam o santuário de Bom Jesus da Lapa ajudou muito na acomodação dos operários. Ainda assim, novos hotéis e restaurantes foram inaugurados para atender à demanda, que deverá continuar firme por mais algum tempo. / COM RENÉE PEREIRA

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