A petroleira italiana Eni obteve lucro líquido de 641 milhões de euros (US$ 868 milhões) no quarto trimestre de 2009, saindo do prejuízo de 874 milhões de euros de igual intervalo de 2008. As vendas líquidas das operações caíram 9,6%, para 22,19 bilhões de euros nessa base de comparação. O lucro líquido ajustado, medida mais olhada pelos analistas e que exclui o valor dos estoques de petróleo, caiu 29%, para 1,39 bilhão de euros, ante 1,96 bilhão de euros do quarto trimestre de 2008. O resultado foi prejudicado pela fraca produção de hidrocarbonetos e pelo dólar mais baixo em relação ao euro. Apesar da queda, o número superou a previsão média dos analistas, que era de lucro ajustado de 1,21 bilhão de euros. Já o lucro operacional da petroleira diminuiu 6%, para 3,70 bilhões de euros. A companhia propôs pagar um dividendo de 1,0 euro por ação sobre os resultados de 2009, comparado com o valor de 1,30 euro por ação de um ano atrás. A redução do dividendo confirma a decisão do grupo, anunciada em julho, de dar prioridade ao rating (classificação de risco) de crédito e aos investimentos. A Eni projeta uma melhoria "modesta" da demanda global por petróleo este ano e uma recuperação gradual do setor de gás na Itália e na Europa. "O ano de 2010 vai trazer mais desafios, mas o posicionamento estratégico da Eni vai possibilitar que ela continue apresentando resultados sólidos e que crie valor para os acionistas", disse o executivo-chefe do grupo, Paolo Scaroni, em comunicado. A dívida líquida da petroleira somava 23,04 bilhões de euros ao fim de dezembro. No final de setembro, ela estava em 20,54 bilhões de euros. As informações são da Dow Jones.