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Itaú diz ter esperado redefinição de mercado

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Por Altamiro Silva Junior (Broadcast)
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O Itaú Unibanco disse nesta segunda-feira não sido oportunista e que esperou o mercado redefinir seu rumo após o fim da exclusividade das credenciadoras com bandeiras, em julho de 2010, para propor o fechamento de capital da Redecard, segundo o presidente executivo do Itaú, Roberto Egydio Setubal. A oferta, destacou o executivo durante teleconferência com analistas, investidores e jornalistas em São Paulo, precede uma mudança nas relações comerciais do banco com a empresa, que podem reduzir a rentabilidade da Redecard. "O fim da exclusividade mudou bastante esse negócio". Setubal informou que o preço proposto na oferta pública de aquisição (OPA) para o fechamento de capital, de R$ 35 por ação, é justo e corroborado pelo banco Rothschild, que fez o laudo de avaliação dos papéis. O executivo disse que, historicamente, os papéis da Redecard nunca alcançaram esse valor antes da proposta de fechamento de seu capital.Para Setubal, a conclusão bem-sucedida do fechamento de capital vai permitir ao Itaú realinhar o negócio de credenciamento ao novo ambiente do mercado. O banco tem como objetivo obter maior integração dos produtos e serviços financeiros. Um dos exemplos é o financiamento de recebíveis, serviço no qual a credenciadora antecipa ao lojista receitas com transações com cartões de crédito. Isso tende a ser feito mais pelos bancos do que pelas empresas que fazem o credenciamento, disse o executivo.Outro ponto que terá de ser repensado são as taxas cobradas nas operações de financiamento sem juros, quando o lojista parcela a compra no cartão. Setubal destaca que hoje os riscos não são remunerados. Nesse tipo de venda, os bancos assumem o risco de crédito da operação. Nesse novo cenário competitivo, Setubal fala ainda da necessidade de o Itaú "revisitar" o capital alocado na Redecard.

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