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Japão vai retomar subsídios à energia solar em 2009

Por MAYUMI NEGISHI
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Um ministério japonês planeja reintroduzir subsídios a equipamentos de energia solar em 2009 para ajudar a impulsionar a participação cada vez menor das empresas do país em um mercado de 1 trilhão de ienes (9,25 bilhões de dólares). Os planos acontecem em um momento em que a Alemanha corta apoio a tais equipamentos. A medida pode dar um incentivo para a Sharp, que ficou atrás da alemã Q-Cells --maior fornecedora de células fotovoltaicas em 2007-- quando a chinesa Suntech Power também empurrou a japonesa Kyocera de volta para o quarto lugar, disseram analistas. Representantes do Ministério da Economia, Comércio e Indústria informaram na terça-feira que vão fazer um projeto de novos subsídios até agosto, a tempo de colocá-lo no orçamento do próximo ano. O Japão tem meta de cortar emissões de gases causadores do efeito estufa em 60 a 80 por cento em relação aos níveis atuais até 2050 e instalar painéis solares em 70 por cento das novas casas construídas até 2020. "A próxima fase na corrida solar em termos dos próximos 12 a 24 meses deve ser dominada por companhias alemãs e chinesas" porque elas asseguraram amplas ofertas de silício, disse Rona Wolfsdorf, analista independente de energias renováveis da Macroenergy Advisors, em Cambridge, Massachussetts. As companhias japonesas perderam mercado depois que o governo retirou subsídios em 2006, atingindo o mercado de energia solar doméstico. As empresas do país também não conseguiram produzir silício suficiente, o que conteve o crescimento em uma indústria em plena expansão, afirmam analistas.

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