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Japonesa Tepco virá ao Brasil conhecer termelétrica a etanol

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Por Redação
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O uso do etanol em termelétricas no Japão poderá dobrar a estimativa de exportação do produto pela Petrobras, afirmou nesta quarta-feira o diretor de Abastecimento da estatal, Paulo Roberto Costa. Em dezembro, segundo Costa, a japonesa Tokyo Eletric Power Company (Tepco) virá ao Brasil para conhecer os testes da termelétrica a etanol da Petrobras em Juiz de Fora (MG). "Se os testes forem positivos, essa empresa vai querer etanol para térmicas no Japão e pode chegar a dobrar o que a gente planejava no curto prazo", disse Costa a jornalistas durante seminário sobre biocombustíveis. Pelo Plano de Negócios da Petrobras, em 2013 a estatal estaria produzindo 4,12 bilhões de litros de álcool por ano, que poderiam passar a mais de 8 bilhões de litros. Para 2009, a empresa deve exportar 1,081 bilhão de litros. A Petrobras já vende etanol ao mercado japonês, em pequena escala, para mistura de 3 por cento à gasolina, serviço que presta em seu único posto com duas bombas de abastecimento no Japão. "Ano que vem teremos 10 postos produzindo E3 (mistura de 3% do álcool na gasolina)", informou, explicando que a venda hoje se situa em torno de 100 metros cúbicos de álcool por mês e em 2010 esse número subirá para 1.000 metros cúbicos. Para viabilizar a exportação de etanol, assim como o atendimento do mercado interno, a Petrobras está negociando a compra de usinas de álcool já existentes no Brasil além de continuar seus projetos de construção de usinas. Até o momento, apenas uma usina está sendo construída pela Petrobras, em Goiás, com a japonesa Mitsui. "Estamos examinando várias alternativas, em breve vocês vão saber", disse o executivo sem querer antecipar o nome da possível aquisição. No final de agosto, a Petrobras informou ao mercado que estava negociando com a Brenco, mas não deu detalhes. E para levar o produto à costa brasileira para ser exportado Costa informou que será construído pela iniciativa privada um alcooduto ligando Goiás a São Paulo, com capacidade de transportar 12 milhões de metros cúbicos por ano. "Esse alcooduto está em fase de licenciamento ambiental e começa a ser construído no ano que vem. As empresas é que serão proprietárias, será privado", afirmou. Uma alternativa de logística que também está sendo avaliada para escoar uma eventual produção do sul do país é a utilização da Hidrovia Tietê-Paraná, informou. (Por Denise Luna)

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