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JBS nomeia José Batista Júnior como diretor presidente interino

Executivo foi presidente da companhia por mais de 20 anos; mudança aconteceu após afastamento dos irmãos Wesley e Joesley Batista pela Justiça

Foto do author Luana Pavani
Por Camila Turtelli e Luana Pavani
Atualização:

Após a determinação da Justiça Federal de afastar Wesley e Joesley Batista do comando de quaisquer empresas, na sequência da Operação Greenfield, a JBS informou nesta terça-feira a nomeação de José Batista Júnior como diretor presidente interino da empresa e José Batista Sobrinho como presidente do conselho de administração. As mudanças foram comunicadas por meio de nota enviada à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) após reunião e eleição realizadas nesta terça-feira na empresa.

A JBS é uma das maiores processadoras de carne do mundo Foto: Divulgação

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A JBS afirma que José Batista Júnior ocupou o cargo de Presidente da companhia por mais de 20 anos e possui "profundo conhecimento de todos os negócios do grupo". "Assumo a JBS com o compromisso de dar continuidade ao crescimento sustentável da Companhia. A JBS possui uma robusta estrutura global e regional de negócios, com executivos de alta qualidade e uma sólida governança", disse, em nota José Batista Júnior.

Segundo a JBS, as alterações anunciadas hoje foram promovidas em virtude do recebimento de correspondências enviadas por Wesley e Joesley, informando que, conforme decisão da 10ª Vara da Justiça Federal do Distrito Federal, Wesley está temporariamente suspenso do exercício de seus cargos de diretor presidente e de vice-presidente do Conselho de Administração da companhia e Joesley, do exercício de seu cargo de presidente do colegiado. Os irmãos disseram ainda que recorrerão da decisão.

A operação Greenfield investiga "gestão temerária e fraudulenta" nos fundos de pensão estatais brasileiros e, apesar de não envolver a processadora de carnes diretamente, a investigação tem como alvo a Eldorado Celulose, empresa controlada pela mesma holding, a J&F. A holding controla as empresas JBS, Alpargatas, Vigor, Eldorado Brasil, Banco Original, Oklahoma e Canal Rural.

A decisão da Justiça foi divulgada no dia 5 deste mês, após o cumprimento de mandados de condução coercitiva e outros fatos envolvendo a investigação. Na documentação, o juiz Vallisney de Souza Oliveira determinou que os irmãos, assim como outras 38 pessoas investigadas na operação Greenfield, fossem suspensos do exercício de toda e qualquer atividade no mercado financeiro e no mercado de capitais, "bem como suspensão do exercício de qualquer cargo ou função de direção em empresa ou grupo empresarial." A Justiça determinou ainda a apreensão de passaportes, proibição de ausentar-se das cidades de seus respectivos domicílios, salvo com prévia autorização judicial, e também a proibição de manter contato e comunicação com os demais investigados da Operação Greenfield.

Com isso, os dois executivos também foram substituídos nos conselhos das controladas da J&F Alpargatas e Eldorado. No caso da fabricante de calçados, os suplentes de Wesley e Joesley que assumiram como membros respectivamente são José Vicente Marino e Gilberto Tomazoni, de forma interina. Já na fabricante de celulose, no lugar de Joesley como presidente do conselho assume o suplentes Ricardo Menin Gaertner e no de Wesley, como vice-presidente do colegiado, Francisco de Assis e Silva, respectivamente. 

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