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Juros do crédito têm tendência de alta, diz Anefac

Segundo Associação, a alta interromperia a sequência de quatro reduções consecutivas 

Por Carla Araujo e da Agência Estado
Atualização:

SÃO PAULO - Às vésperas da reunião do Copom, a Pesquisa de Juros da Associação Nacional dos Executivos de Finanças Administração e Contabilidade (Anefac), divulgada nesta segunda-feira, aponta que as taxas de juros das operações de crédito ficaram praticamente estáveis em março em relação a fevereiro, mas que a tendência é de alta.

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De acordo com a entidade, a previsão é que as taxas voltem a subir nos próximos meses interrompendo uma sequência de quatro reduções consecutivas. "Tendo em vista os atuais indicadores de inflação mostrando pressões inflacionárias, bem como o fato de o índice oficial de inflação ter ultrapassado neste mês o teto da meta do Banco Central, deveremos ter uma elevação da taxa básica de juros (SELIC) nas próximas reuniões do Copom", avaliou, em nota, o coordenador da pesquisa e diretor de estudos econômicos da Anefac, Miguel José Ribeiro de Oliveira, referindo-se a reunião da autoridade monetária que acontece nesta semana. "Por conta disso é provável que as taxas de juros das operações de crédito voltem a ser elevadas", completou.

Em março, das seis linhas de crédito para pessoa física avaliadas apenas uma se manteve inalterada (cartão de crédito rotativo) e cinco foram reduzidas (juros do comércio, cheque especial, CDC em banco-financiamento de automóveis, empréstimo pessoal em bancos e empréstimo pessoal em financeiras). A taxa de juros média geral para pessoa física teve uma redução de 0,02 ponto porcentual, passando de 5,42% ao mês (88,40% ao ano) em fevereiro para 5,40% ao mês (87,97% ao ano) em março, sendo a menor taxa de juros da série histórica (1995).

Já para pessoa jurídica, das três linhas de crédito pesquisadas, duas foram reduzidas (capital de giro e conta garantida) e uma foi elevada (desconto de duplicatas). A taxa de juros média geral para pessoa jurídica se manteve em 3,06% ao mês (43,58% ao ano) na passagem de fevereiro para março.

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