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Land Rover deve anunciar fábrica no Brasil até dezembro

Mercado avalia que os Estados de São Paulo e Rio de Janeiro disputam a planta industrial

Por e da Agência Estado
Atualização:

SÃO PAULO - Depois das alemãs BMW, Audi e Mercedes-Benz, a Land Rover, montadora inglesa de propriedade do grupo indiano Tata, deve anunciar, até o final de 2013, a construção de uma fábrica no Brasil dos tradicionais veículos de luxo off-road. Quatro Estados disputam a planta industrial e dois deles têm a preferência do presidente da Jaguar Land Rover para a América Latina e Caribe, Flavio Padovan. Ele não revela quais são, mas no mercado a avaliação é de que a disputa é travada entre São Paulo e Rio de Janeiro.

"O estudo da Jaguar Land Rover está bem avançado e até o final do ano devemos anunciar se teremos a fábrica no Brasil. Vamos caminhar para o lado mais positivo que negativo", afirmou Padovan. Detalhes, como o investimento, capacidade de produção e questões de infraestrutura, ainda faltam ser finalizados antes do anúncio.Se a Land Rover seguir o padrão das três montadoras alemãs, os investimentos poderiam somar em torno de R$ 500 milhões e a produção anual ficaria entre 20 mil e 30 mil carros. Padovan admitiu que o Inovar-Auto, novo regime automotivo que prioriza a nacionalização de veículos e distribui cotas para importados, além de taxá-los em mais 30 pontos porcentuais de Imposto de sobre Produtos Industrializados (IPI), foi fundamental para que as importadoras passem a produzir aqui."Em 2010, dentro do planejamento estratégico da companhia, um dos pontos era a fábrica. Essa mudança do cenário, com Inovar-Auto, alterou a estratégia e as decisões de todas as empresas foram aceleradas", disse Padovan, que preside também a Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores (Abeiva).O principal entrave para as marcas de luxo, segundo ele, é obter fornecedores de peças de alta tecnologia no Brasil. "A procura por fornecedores dificulta muito, principalmente com produto de nível tecnológico da Land Rover, e hoje não existe essa fabricação aqui", disse. "Outro desafio é o alto investimento para um volume baixo de produção comparado às montadoras grandes, mas estamos otimistas e em breve devemos falar sobre o nosso plano de fabricação no País", completou.Padovan avaliou ainda que o mercado de carros importados no Brasil será cada vez mais restrito aos modelos de luxo, com volumes mais baixos de vendas. "Com as novas empresas e com as restrições, os veículos acima de R$ 100 mil serão os importados, que passarão a ser um nicho".A Abeiva estima que 115 mil veículos serão negociados pelas associadas e por outras importadoras oficiais no Brasil em 2013, queda de 12% sobre os 130.799 veículos de 2012 e que o mercado deva se estabilizar em 10 mil unidades negociadas por mês até o final de 2014, com um total de 120 mil veículos vendidos no próximo ano.

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