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Lenovo assume liderança do mercado de PCs no Brasil

Por Rodrigo Petry
Atualização:

Dois anos antes do previsto, a gigante chinesa Lenovo assumiu a liderança no Brasil do mercado de computadores (notebooks e desktops), excluindo-se tablets, desbancando a Positivo Informática, segundo dados preliminares de dois institutos de pesquisa, que preferiram não se identificar por questões contratuais.A nova posição, conquistada neste terceiro trimestre, mereceu destaque no anúncio global dos resultados da Lenovo, que classificou o desempenho como uma consequência da "sólida" integração com a CCE, empresa brasileira adquirida pelos chineses em setembro do ano passado por R$ 300 milhões."Com uma forte execução da aquisição da CCE e uma nova fábrica no Brasil, o terceiro maior mercado de computadores do mundo, a Lenovo atingiu a liderança nesse mercado", afirmou a empresa, informando que sua fatia atingiu 17,8%, mas sem citar a fonte.Desde a aquisição da CCE, a Lenovo deixou claro que seu objetivo era assumir a liderança de mercado, mas em três anos. O presidente mundial da companhia, Yang Yuanqing, afirmou na oportunidade que o Brasil era o único dos grandes mercados em que a empresa não estava entre as três maiores forças.Segundo informações de sua apresentação a investidores, a Lenovo é líder mundial em PCs com 17,7% de fatia de mercado, levemente à frente da HP (17,6%). A Lenovo informa que é maior vendedora de computadores nos mercados da China, Japão, Brasil, Alemanha e Rússia.No Brasil, as marcas CCE e Lenovo continuaram separadas e suas estratégias independentes. A Lenovo está usando sua cadeia global de componentes para fabricação dos produtos da CCE, o que ajuda a reduzir custos no momento da importação dos componentes usados para fabricação das máquinas, cotados em dólar.Com uma fábrica inaugurada no início deste ano no interior de São Paulo, a estratégia da Lenovo foi lançar a marca CCE como, se chama no jargão do varejo, de "ataque". Segundo fontes do setor, a fábrica passou a operar a pleno neste segundo semestre e a companhia está inundando o varejo com máquinas a preços baixos.Enquanto isso, a Positivo vem enfrentando problemas com a valorização do dólar. Segundo o relatório do Credit Suisse, os esforços em repassar ao varejo o impacto do dólar sobre os custos devem afetar as vendas da empresa, que pelas projeções podem cair 7,6% em unidades neste terceiro trimestre sobre o mesmo período do ano passado.Outro analista, que preferiu não ser identificado, ressalta que a empresa foi forçada a repassar a alta dos insumos aos produtos, o que deverá causar uma queda nas vendas e uma consequente perda de fatia de mercado. A previsão da Positivo é divulgar seus resultados dia 11 de novembro.

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