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Leste Europeu e Ásia Central correm risco de choque de crédito

Leste Europeu e a Ásia Central dependem de empréstimos de bancos da zona do euro

Por Álvaro Campos e da Agência Estado
Atualização:

O vice-presidente do Banco Mundial para Europa e Ásia Central, Philippe le Houerou, afirmou hoje que o Leste Europeu e a Ásia Central enfrentam o risco de um choque de crédito (credit crunch) em função da alta exposição ao frágil sistema bancário da Europa Ocidental.

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Segundo Houerou, o Leste Europeu e a Ásia Central dependem de empréstimos de bancos da zona do euro, o que os torna vulneráveis no caso de uma redução do crédito oferecido por essas instituições. "Essas áreas estão fortemente ligadas aos bancos ocidentais, que no momento enfrentam pressões em casa para reduzir os empréstimos, criando o risco de um choque de crédito".

Segundo ele, entre as regiões do Banco Mundial, o Leste Europeu e a Ásia Central foram as que mais sofreram com a recente recessão, e depois tiveram uma recuperação menor do que o restante do mundo. Para este ano, a previsão é que a recuperação desacelere ainda mais.

"Essas regiões vão registrar uma desaceleração na recuperação, e isso obviamente acontece porque grande parte da região é muito vulnerável às projeções de recessão na zona do euro", afirmou Houerou. Ele comentou também que essas regiões sofrem ainda com o alto nível de desemprego e o envelhecimento da população, o que infla os programas assistenciais dos governos.

O representante do Banco Mundial aponta que um dos legados da recessão em muitos desses países é que agora eles têm déficits orçamentários maiores e níveis mais elevados de dívida pública. Alguns governos financiaram programas de estímulo que ajudaram a minimizar os efeitos da recessão, mas agora não têm mais dinheiro para agir de novo. "Não existe muito espaço para novos estímulos por meio de gastos públicos". As informações são da Dow Jones. 

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