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Lucro da AB InBev sofre com custos de transporte

Por PHILI
Atualização:

A AB InBev, maior cervejaria do mundo, teve resultado abaixo das estimativas no segundo trimestre, quando vendeu menos cerveja e gastou mais com divulgação de novas marcas nos Estados Unidos e distribuição nesse país e no Brasil. A fabricante de Budweiser, Stella Artois e Beck's prevê um segundo semestre melhor após um aumento anual de 2,5 por cento no Ebitda (sigla em inglês para lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) do segundo trimestre, para 3,59 bilhões de dólares, abaixo da estimativa média de 3,74 bilhões de dólares em pesquisa da Reuters. Os volumes de cerveja do grupo caíram em 0,5 por cento, ao contrário do que aconteceu com a SABMiller, que se beneficiou da presença na Polônia --uma das sedes da Euro 2012-- e teve alta de 5 por cento nas vendas do segundo trimestre. Os embarques da AB InBev para atacadistas caíram nos Estados Unidos, onde a empresa tem quase 50 por cento de participação de mercado. Os gastos com marketing também aumentaram por causa de novas marcas nos Estados Unidos, e a companhia gastou mais com frete nesse país e no Brasil. O vice-presidente financeiro, Felipe Dutra, reconheceu que o segundo trimestre foi "desafiador". "No entanto, estamos confiantes quanto ao impulso que temos nos nossos três principais mercados --Estados Unidos, Brasil e China-- e acreditamos em um segundo semestre mais forte do que o primeiro", afirmou. As Américas representam 75 por cento da receita da companhia e mais de 85 por cento dos ganhos. Isso vai aumentar após a compra por 20,1 bilhões de dólares do grupo mexicano Modelo, anunciada no mês passado. A AB Inbev tem quase metade do mercado de cerveja nos Estados Unidos --o segundo maior do mundo após o chinês-- e quase 70 por cento no Brasil. A estratégia da companhia vem se baseando em vender mais cerveja em mercados emergentes --principalmente o Brasil-- e convencer os norte-americanos a pagar mais, seja pelo aumento de preço ou por marcas premium.

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