A Thomson Reuters teve queda na receita trimestral, mas o lucro ajustado da empresa superou as estimativas de Wall Street, beneficiado pelo câmbio e por cortes de custos. A companhia reafirmou suas projeções para 2009. O grupo de notícias e dados financeiros reportou nesta quinta-feira que a receita em sua divisão Markets, que atende ao setor financeiro, caiu 4 por cento no terceiro trimestre, para 1,86 bilhão de dólares. A receita com operações contínuas, excluindo o impacto de mudanças no câmbio, recuou 2 por cento, para 3,21 bilhões de dólares. Isso se compara à previsão média de analistas de 3,23 bilhões de dólares. "Os bancos estão vigiando os custos e sendo muito cuidadosos com os gastos, e muitas despesas discricionárias relacionadas a serviços estão sendo cortadas", disse o analista Edward Atorino, da Benchmark Co. A empresa, formada no ano passado pela união entre Thomson Corp e Reuters Group, disse que o lucro operacional de suas operações principais subiu 3 por cento no terceiro trimestre ante igual período do ano passado, para 711 milhões de dólares. O lucro ajustado por ação caiu para 0,43 dólar, ante 0,47 dólar no terceiro trimestre de 2008, devido às despesas com integração das companhias. Ainda assim, superou a estimativa média de lucro de 0,40 dólar por ação, de acordo com a Thomson Reuters I/B/E/S. A Thomson Reuters reiterou sua meta anterior, dizendo que espera que a receita cresça em 2009 e que a margem de lucro de suas operações principais e o fluxo de caixa livre sejam comparáveis a 2008. A empresa espera que as fracas vendas em suas divisões Markets e Legal em 2009 continuem a pressionar a receita no primeiro semestre de 2010. Mas a companhia disse que o crescimento em outras unidades, o foco em corte de custos e as sinergias com a fusão devem reduzir o impacto disso no lucro operacional. A Thomson Reuters espera alcançar ao menos 1 bilhão de dólares em sinergias anualizadas até o final de 2009. A margem no lucro das operações principais subiu para 22,1 por cento no terceiro trimestre, ante 20,7 por cento um ano atrás. (Reportagem de Robert MacMillan)