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Lucro da WEG cai 9,5% no 2o trimestre por câmbio

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Por Redação
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A fabricante de motores elétricos WEG teve lucro líquido de 139,8 milhões de reais no segundo trimestre, queda de 9,5 por cento em relação ao mesmo período do ano passado, pressionada por impacto de desvalorização do real sobre a dívida em moeda estrangeira da companhia e aumento de custos. A companhia obteve receita operacional líquida de 1,5 bilhão de reais, alta anual de 19,7 por cento puxada pelo "bom desempenho das vendas no mercado internacional", em um cenário de fraco desempenho da produção industrial brasileira. O mercado interno respondeu por 729,2 milhões de reais do total de receita da companhia, tendo participação de 57 por cento no segundo trimestre de 2011 recuando para 48 por cento nos três meses encerrados em junho. Enquanto isso, as vendas externas somaram 799,6 milhões, um salto anual de 44,3 por cento e trimestral de 22 por cento. "No mercado interno o crescimento das receitas foi modesto, dado o ambiente de incerteza em relação ao crescimento da economia brasileira, o que tem freado o investimento em aumento da capacidade produtiva na indústria", afirmou a fabricante, cuja receita no Brasil cresceu apenas 0,8 por cento de um ano para outro. "Acreditamos que continuaremos sendo capazes de encontrar oportunidades, e com isto obter taxas de crescimento expressivas, ao continuar executando o processo de ampliação do mix de produtos ofertados no exterior e a entrada em novos nichos de mercado", afirmou a WEG no balanço. "No Brasil, continuamos a acreditar que as medidas de estímulo à indústria através do Plano Brasil Maior, aliadas à queda da taxa básica de juros a nível recordes e à desvalorização do real, resultarão em um ambiente melhor de negócios para a indústria." A WEG apurou um crescimento de 19,1 por cento no custo de produtos vendidos no trimestre passado, na comparação anual, e de 9,1 por cento sobre os três primeiros meses do ano. As altas ocorreram apesar de uma queda nos preços médios do cobre na London Metal Exchange (LME) de 14 por cento em relação à média do mesmo período de 2011 e de 5 por cento sobre a média do primeiro trimestre de 2012. O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) cresceu 20,6 por cento de um ano para outro, somando 260 milhões de reais. A margem no período passou de 16,9 para 17 por cento. A companhia teve resultado financeiro líquido negativo em 13,5 milhões de reais no segundo trimestre ante saldo positivo de 42,1 milhões no mesmo período de 2011. A dívida líquida encerrou o trimestre em 381,8 milhões de reais. (Por Diogo Ferreira Gomes)

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