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Magazine Luiza ganha R$ 3,1 bi em um só dia na Bolsa

Frederico Trajano, presidente da rede, diz que varejo deve mostrar recuperação após quatro anos de dificuldades

Por Rodrigo Petry e Niviane Magalhões
Atualização:

Na esteira do forte balanço exibido em 2018 – quando contabilizou lucro de quase R$ 600 milhões –, a varejista Magazine Luiza viu suas ações dispararem 10,43% no pregão de sexta-feira na B3, a Bolsa paulista. Com isso, a companhia ganhou R$ 3,1 bilhões em valor de mercado em um único dia. A varejista foi a ação que mais subiu no Ibovespa, principal índice do mercado brasileiro. Segundo o presidente da rede, Frederico Trajano, o cenário para 2019 e os próximos anos é positivo.

Para o executivo, a recuperação do varejo ainda não mostrou seu real potencial. “Ainda não houve uma recuperação forte (do varejo), mas começou a melhorar no quarto trimestre. Olhando para frente, os ventos devem soprar favoravelmente após três ou quatro anos (de crise)”, afirmou.

As ações daMagazine Luiza dispararam 10,43% no pregão de sexta-feira na B3. Foto: Divulgação

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O executivo destacou que a crise “foi dura para todos os players”, sobretudo os regionais, e que muitos “não sobreviveram”. Por outro lado, Trajano ressaltou que a companhia conseguiu conquistar fatia de mercado, consolidando-se como líder no setor. “Temos uma operação boa, com estoques equilibrados, sem ruptura e equipe motivada”, afirmou, acrescentando que a empresa ainda enxerga oportunidade de ganhos de participação no mercado.

Segundo o executivo, o ritmo de crescimento das vendas no primeiro semestre deste ano poderá concorrer com uma base de comparação maior, por conta da Copa do Mundo, quando as vendas de televisores são historicamente superiores. Trajano destacou que há uma grande demanda reprimida de várias categorias de produtos, com exceção de telefonia celular, que mostrou maior resiliência durante a crise econômica.

Novas lojas

Sobre os investimentos, o executivo evitou dar projeções para este ano, reafirmando apenas que a companhia “pretende manter a agressividade na abertura e reforma de lojas”. “Contamos com uma boa estrutura de capital para manter ou acelerar os investimentos”, disse. Em 2018, a varejista abriu cerca de cem lojas e reformou outras cem. “A abertura da loja física é essencial para melhorar a entrega do e-commerce”, reforçou Trajano.

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