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Mantega prevê investimento estrangeiro de US$ 60 bilhões em 2011

Para ministro, medidas restritivas para conter fluxo financeiro já causaram um 'empate' na entrada e saída de capitais

Foto do author Célia Froufe
Foto do author Eduardo Rodrigues
Por Célia Froufe (Broadcast), Eduardo Rodrigues e da Agência Estado
Atualização:

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, destacou o combate que o governo tem travado com a valorização crescente do real em sua apresentação na reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES). "Já estamos fazendo há algum tempo (medidas para conter a apreciação cambial)", disse.

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O ministro lembrou que há perspectiva de contínua entrada de recursos externos no País. "Estamos contando com Investimento Estrangeiro Direto (IED) de US$ 60 bilhões em 2011", disse. Ele destacou o resultado do fluxo financeiro nos primeiros três meses do ano, ressaltando que a entrada de dólares no País vinha superando "em muito" a saída. Depois lembrou que medidas restritivas para conter o fluxo foram tomadas em março e que o saldo financeiro até o dia 18 de abril, já apresenta "empate".

Mantega enfatizou também que o Brasil foi o pioneiro na utilização do controle de capitais, ainda em outubro de 2009. Ele mencionou que o excesso de capitais e a valorização do real podem causar a "doença holandesa", ou seja, a temida desindustrialização do País. "O excesso de capitais pode gerar inflação de ativos", disse. Ele explicou que tem sido comum a arbitragem de especuladores estrangeiros que tomam dinheiro barato no exterior e lucram com o diferencial da aplicação nos juros do País, que são altos, segundo o próprio ministro.

A moderação de entrada de recursos também evitaria o excesso de exposição de bancos em empresas, segundo o ministro. "As empresas se empolgam e a conta pode ficar salgada de uma hora para outra", comentou. Mantega, no entanto, descartou a existência de bolhas no Brasil. Sejam elas na Bolsa de Valores, no mercado imobiliário ou no crédito. Isso não ocorre, segundo ele, porque o governo tomou medidas para evitar a excessiva valorização de ativos.

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