
13 de julho de 2011 | 08h23
Conforme antecipou a reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, o Cade deve recomendar a suspensão da marca Perdigão nos produtos de maior concentração de mercado como alternativa para aprovar a fusão entre Sadia e Perdigão. Na última hora, a BRF conseguiu que o conselho concordasse em suspender a marca Batavo, em vez de determinar sua venda. A marca Sadia será preservada, porque é a mais ?premium? da empresa e a mais forte no mercado exterior.
Os prazos de suspensão das marcas Perdigão e Batavo devem variar entre dois e cinco anos, conforme o produto e o market share total alcançado pela BRF. Até ontem, haviam sido estabelecidas restrições para 8 das 14 categorias em jogo - mas a empresa ainda tentava reverter alguns casos.
Com a fusão entre Sadia e Perdigão, a BRF atingiu concentrações de mercado significativas em alguns produtos, como pizzas prontas (70%), hambúrgueres (80%), lasanhas (90%), presunto (70%) ou kit de festas de fim de ano (90%).
É pouco provável, no entanto, que os consumidores saibam hoje de quais produtos as marcas Perdigão ou Batavo vão desaparecer. Segundo uma fonte, é possível que isso seja tratado como ?confidencial?, para evitar perdas para a empresa antes que o acordo seja implementado.
Como parte do pacote negociado com o Cade, a BRF deve colocar à venda ativos que representam 20% de sua produção total e 40% da produção voltada ao mercado local. A empresa venderia fábricas, centros de distribuição, além de marcas populares como Rezende, Escolha Saudável, Confiança e Wilson.
No último momento, a BRF conseguiu convencer o Cade a não obrigá-la a vender a marca Batavo, adquirida da Parmalat e com forte presença no mercado de lácteos. A concentração em lácteos não aumentou com a fusão, porque a Sadia não atuava nesse segmento. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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