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Marisa vai cortar despesas para se adequar a cenário de vendas mais baixas

Rede varejista considera prioridade enxugar a estrutura de custos e está eliminando áreas consideradas desnecessárias no momento

Por Dayanne Sousa
Atualização:

SÃO PAULO - A Marisa Lojas considera que a prioridade é enxugar a estrutura de custos para que a companhia possa lidar com o atual cenário mais fraco de vendas. Em teleconferência com analistas e investidores, o presidente Marcio Goldfarb afirmou que a empresa precisa de uma estrutura de despesas gerais e administrativas "compatível" com o momento.

Já o diretor Financeiro e de Relações com Investidores Adalberto Santos disse que a empresa começou em dezembro um ajuste em sua estrutura de custos. "Operando com um patamar de vendas mesmas lojas mais baixo, a conta não fecha se não ajustarmos as despesas", comentou o executivo.

Rede varejista Marisa teveretração de 3,1% na receita líquida do varejo do primeiro trimestre de 2015 Foto: Epitácio Pessoa/Estadão

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Santos evitou dar detalhes sobre em que áreas a empresa está reduzindo custos, mas afirmou que tem conseguido fazer com que gastos com aluguéis e custos de ocupação cresçam abaixo da inflação.

O diretor ainda ponderou que outra categoria com grande peso na estrutura de custos é a de pessoal e afirmou que a empresa está "eliminando áreas por inteiro que no momento são desnecessárias para a empresa". O executivo não comentou sobre demissões, mas chegou a afirmar que a empresa teve despesas não-recorrentes da ordem de R$ 3 milhões em razão de demissões.

Santos comentou ainda que a Marisa Lojas deve aprofundar os cortes de custos na comparação com o que vinha prevendo anteriormente. "Chegamos a falar em crescimento zero de despesas gerais e administrativas este ano, mas hoje para nós está claro que teremos que aprofundar um pouco mais esse ajuste diante do cenário de vendas negativas", comentou.

A Marisa Lojas teve retração de 3,1% na receita líquida do varejo do primeiro trimestre de 2015 na comparação com o mesmo período do ano anterior, chegando a R$ 494,2 milhões. No critério mesmas lojas, que considera apenas unidades com mais de um ano, houve queda de 4,8% ante o ano anterior. Já as despesas gerais e administrativas do varejo chegaram a R$ 566,7 por metro quadrado de área de vendas, um crescimento de 5,5% na comparação anual.

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