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MBAC faz planos para setor de fertilizantes no Brasil

Por Gabriela Mello
Atualização:

O grupo canadense MBAC Fertilizers está desenvolvendo vários projetos no Brasil que ajudarão a acelerar a meta do governo de alcançar a autossuficiência na produção de fertilizantes dentro de 10 anos, informou ontem o vice-presidente sênior da companhia, Robert Belger.A MBAC pretende começar a produzir superfosfato simples em seu primeiro projeto brasileiro, o Itafós Arraias, na região do Cerrado, no terceiro trimestre do ano que vem em um investimento de US$ 220 milhões, acrescentou Belger no Congresso Brasileiro de Mineração, em Minas Gerais. O Itafós Arraias terá capacidade anual de produção de 500 mil toneladas.A empresa também planeja produzir fosfato em um projeto chamado Santana, no Pará, potássio em Fazendinha, no Amazonas, e fosfatos, nióbio e terras raras em Araxá, no Estado de Minas Gerais, segundo Belger.O Brasil atualmente depende das importações para 43% do fosfato e 91% do potássio necessários para produção de insumos. No entanto, com os novos projetos colocados em prática pela MBAC e outras companhias, incluindo a Vale, a dependência do fosfato importado cairá a 20%, e a 85% do potássio a 85%, num futuro próximo, de acordo com o executivo. "O potássio é o maior desafio para o Brasil", disse ele.Em terras raras, a MBAC espera desenvolver a produção junto com um projeto de fertilizantes em Araxás, em Minas Gerais. O Departamento Nacional de Mineração do Brasil, a fabricante brasileira de nióbio CBMM e a francesa Rhone Poulenc prospectaram terras raras na mesma área do Estado no passado, revelou Belger.O consumo de fertilizantes no Brasil dobrou nos últimos 20 anos, alcançando 24,6 milhões de toneladas em 2010, conforme a produção agrícola cresceu. "Estima-se que o Brasil fornecerá 50% da oferta adiciona mundial de alimentos até 2050", afirmou ele. "O Cerrado tem 35% das terras agrícolas ainda disponíveis para desenvolvimento no mundo inteiro, é a nova fronteira agrícola. O mundo todo está de olho na área agrícola inexplorada ainda disponíveis na região central do Brasil." As informações são da Dow Jones.

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