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Medidas dos BCs devem conter disparada dos juros entre bancos

Segundo avaliação do RBC, as mudanças também devem diminuir os custos totais do crédito para as instituições financeiras europeias

Por Regina Cardeal e da Agência Estado
Atualização:

O estrategista de renda fixa do RBC, Michael Cloherty, divulgou relatório avaliando e buscando explicar as medidas coordenadas de liquidez anunciadas nesta quarta-feira, 30, por seis grandes bancos centrais do mundo. Segundo a Dow Jones, um impacto esperado das medidas é impedir que a Libor (juro do mercado interbancário londrino, que orienta diversos tipos de empréstimos para bancos e empresas no mundo) continue disparando. Sobre as medidas referentes às linhas de swap de câmbio do Fed, Banco do Canadá, Banco da Inglaterra (BOE), Banco do Japão (BOJ), Banco Central Europeu (BCE) e Banco Nacional da Suíça (SNB), Cloherty explicou que o custo dos empréstimos destas linhas foi cortada de OIS + 100 pontos-base para OIS + 50 pontos-base. OIS é a taxa overnight índex swap. Além disso, o BCE cortou a margem que está cobrando nestas transações de 20% para 12%. Portanto, os custos totais do crédito para bancos europeus vão cair mais de 50 pontos-base. Note-se que é agora mais barato para os bancos estrangeiros tomarem dólares de seus bancos locais do que para os bancos dos EUA tomarem dólares do Fed, portanto poderá haver um corte de 0,25 ponto na taxa de redesconto nos próximos dias para equiparar os custos, diz a Dow Jones. Os bancos não precisaram temer tanto os termos dos empréstimos que têm a Libor (juro do mercado interbancário londrino) como referência, porque eles sabem que terão uma fonte de liquidez - os BCs - que não será tão cara, já que a Libor vinha retomando níveis recorde de alta. Isso deverá limitar o avanço da Libor. Além disso, outros bancos centrais estão criando linhas bilaterais (libras por euros etc), embora acredite-se que o uso destas linhas ficará distante dos volumes das linhas em dólares.

As informações são da Dow Jones.

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