BRASÍLIA - A projeção para a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2014 subiu de 6,39% para 6,43%, segundo o boletim Focus divulgado nesta segunda-feira, 19, pelo Banco Central. Há quatro semanas, a estimativa era de 6,51%. Para 2015, a projeção ficou estável em 6% pela quinta semana consecutiva. A previsão de inflação para os próximos 12 meses à frente ficou estável em 5,88%, conforme a projeção suavizada para o IPCA.
Já a previsão de crescimento da economia brasileira em 2014 recuou de 1,69% para 1,62%. Há quatro semanas a expectativa era de 1,63%. Para 2015, a estimativa de expansão subiu de 1,90% para 2%.
Para o setor industrial em 2014, a projeção apresentou aceleração, subiu de 1,24% para 1,40%. Para 2015, economistas mantiveram estável a previsão de 2,37%. Quatro semanas antes, a Focus apontava estimativa de expansão de 1,40% para 2014 e de 2,95% em 2015 para o setor. Os analistas mantiveram estável, em 34,80%, a previsão para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público/PIB em 2014. Há quatro semanas estava nesse mesmo valor. Para 2015, segue em 35,05%. Um mês antes a previsão era de 35,00%.
Selic. Os economistas mantiveram a previsão para a taxa Selic no fim de 2014 em 11,25% ao ano, o mesmo valor há oito semanas. Para 2015, a mediana segue em 12,25%. Há quatro semanas ela estava em 12% A taxa básica de juros está em 11% ao ano desde a última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em abril. A previsão para a Selic média em 2014 recuou de 11,02% para 10,97%.
Para 2015, a previsão passou de 12,01% para 12%. Há quatro semanas, estavam em 11,06% e 12,00% ao ano, respectivamente. Nas estimativas do grupo dos analistas consultados que mais acertam as projeções, o chamado Top 5 da pesquisa Focus, a previsão para a Selic no fim de 2014, no médio prazo, passou de 11,75% ao ano para 11,50% e, para 2015, ficou estável em 13%. Há quatro semanas a projeção era, respectivamente, 11,88% ao ano e 13%. No curto prazo, a previsão para a Selic em 2014 recuou de 11,13% para 11%, para 2015, segue em 12,50%.
Déficit em conta corrente. O mercado financeiro reduziu a previsão para o déficit em transações correntes em 2014. Pesquisa semanal Focus mostra que a mediana das expectativas de saldo negativo na conta corrente, este ano, passou de US$ 80 bilhões para US$ 79,30 bilhões. Para 2015, a previsão de déficit nas contas externas se elevou de US$ 75 bilhões para US$ 75,60 bilhões. Há quatro semanas, o déficit estava em US$ 77,05 bilhões para 2014 e em US$ 75,60 bilhões para 2015.
Na mesma pesquisa, economistas mantiveram estável, em US$ 3 bilhões, a estimativa de superávit comercial em 2014. Quatro semanas antes, estava em US$ 3,02 bilhões. Para 2015, a projeção se manteve em US$ 10 bilhões, mesmo patamar das últimas 11 semanas. A pesquisa mostrou ainda que as estimativas para o ingresso de Investimento Estrangeiro Direto (IED), aquele voltado ao setor produtivo, ficaram estáveis em US$ 60 bilhões em 2014 pela sexta semana consecutiva. Para 2015, segue em US$ 55 bilhões, mesmo valor registrado há 11 semanas.
