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Mercado projeta inflação em 2014 no teto da meta do governo

Uma semana após estourar o teto da meta, projeção do Boletim Focus foi revista para baixo; agora o mercado aposta em um IPCA de 6,5% em 2014

Por Victor Martins e da Agência Estado
Atualização:

A projeção para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2014 está no teto da meta, limite definido em 6,50%. Segundo o boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira, 28, pelo Banco Central, a previsão recuou de 6,51% para 6,50% entre uma semana e outra. Há quatro semanas, a estimativa era de 6,30%. Para 2015, a previsão ficou estável 6%. Há quatro semanas, a expectativa era de 5,80%.

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A previsão de inflação para os próximos 12 meses à frente recuou de 6,07% para 6%, conforme a projeção suavizada para o IPCA. Há quatro semanas, estava em 6,14%. Nas estimativas do grupo dos analistas consultados que mais acertam as projeções, o chamado Top 5 da pesquisa Focus, a previsão para o IPCA em 2014 no cenário de médio prazo permanece acima do teto da meta, em 6,59%. Para 2015, a previsão dos cinco analistas ficou estável em 6%.

Há quatro semanas, o grupo apostava em altas de 6,57% para 2014 e 6% para 2015. Entre todos os analistas ouvidos pelo BC, a mediana das estimativas para o IPCA de abril ficou estável em 0,80%. Há quatro semanas, estava em 0,60%. Para maio, a projeção ficou em 0,47%, há quatro semanas era 0,45%. PIB. A previsão de crescimento da economia brasileira em 2014 aumentou de 1,63% para 1,65% na pesquisa Focus do Banco Central. Há quatro semanas a expectativa era de 1,69%. Para 2015, a estimativa de expansão se manteve em 2,00%, mesmo valor há nove semanas.

A projeção para o crescimento do setor industrial em 2014 apresentou, no entanto, ficou estável em 1,40%. Para 2015, economistas reduziram a previsão 2,95% para 2,65%. Quatro semanas antes, a Focus apontava estimativa de expansão de 1,38% para 2014 e de 3,00% em 2015 para o setor.

Os analistas elevaram de 34,80% para 34,85% a previsão para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB em 2014. Há quatro semanas, estava em 34,70%. Para 2015, segue em 35,00% há 19 semanas.

Selic. A previsão para a taxa Selic no fim de 2014 foi mantida em 11,25% ao ano, a mesma de quatro semanas atrás. Para 2015, a mediana segue em 12,00% ao ano há 11 semanas.

A taxa básica de juros está em 11,00% ao ano desde a última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em abril. A previsão para a Selic média em 2014 ficou estável em 11,06%. Para 2015, segue em 12,00%. Há quatro semanas, estavam em 11,25% e 12,00% ao ano, respectivamente.

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