A chanceler Angela Merkel disse que a Alemanha fará sua parte para proteger o euro e que a Grécia deve fazer o mesmo. "Trata-se da estabilidade do euro e não fugiremos de nossa responsabilidade", disse Merkel em entrevista concedida há pouco. "Mas o desafio é a Grécia aceitar um programa ambicioso (de corte de gastos) capaz de restaurar a confiança dos mercados no país", acrescentou.
Merkel observou que as negociações entre o FMI e a Grécia sobre as condições para concessão de uma ajuda ao país devem ser apressadas. "Está absolutamente claro que as negociações do governo grego com a Comissão Europeia e com o FMI precisam ser aceleradas", disse. Merkel acrescentou esperar que as negociações sejam concluídas nos próximos dias e que assim a Alemanha possa tomar sua própria decisão em relação à ajuda para a Grécia.
Ministro alemão pretende visitar Portugal para negociações
O ministro da Economia alemão, Rainer Bruederle, disse que planeja se encontrar com o governo de Portugal em Lisboa nesta semana para discutir a crise da dívida que está atingindo a Europa. Falando a jornalistas em São Paulo, durante uma visita ao Brasil, Bruederle disse que irá à Lisboa para se reunir com as autoridades portuguesas no caminho de volta a Berlim.
Segundo Bruederle, os desafios de Portugal, incluindo o déficit orçamentário de 11,2% do Produto Interno Bruto (PIB), não "são comparáveis" com os enfrentados pela Grécia, onde o déficit corresponde a 13,6% do PIB e o governo enfrenta um prazo final para o pagamento de uma dívida grande, no dia 19 de maio.
Mas Portugal pode ficar de fora do pacote de ajuda da zona do euro para a Grécia, afirmou um membro do Parlamento Europeu, por causa da sua própria dívida.
Werner Langen, diretor do Partido União Democrática Cristã (CDU) da chanceler Angela Merkel no Parlamento Europeu, disse ao jornal Die Welt que é muito incerto se Espanha e Portugal participarão" do pacote de socorro grego.
Agilidade
O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, disse ser "extremamente importante que uma decisão seja tomada rapidamente...implicando um rápido procedimento pelo Parlamento alemão". A declaração foi dada em entrevista concedida junto ao ministro de Finanças do país, Wolfgang Schaeuble e o diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn sobre a Grécia. As informações são da Dow Jones.
(Texto atualizado às 13h46)