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Meta de inflação mais alta tem eu apelo, mas é arriscado, diz Bernanke

Se o Fed disser que irá elevar a inflação para 4%, como vamos saber que mais tarde não iremos para 5% ou 6% ou 7%, questiona a autoridade

Por Suzi Katzumata e da Agência Estado
Atualização:

O presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, declinou em dar suporte a uma ideia proposta pelo FMI para que os bancos centrais mantenham munição extra à mão através do estabelecimento de uma meta de inflação mais alta.

 

Quando questionado sobre a proposta durante seu depoimento ao Comitê de Serviços Financeiros da Câmara, Bernanke disse que a ideia "não deixa de ter seu apelo", mas que seria arriscado no combate à inflação.

 

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"Se o Federal Reserve disser que irá elevar a inflação para 4%, como vamos saber que mais tarde não iremos para 5% ou 6% ou 7%?", questionou.

 

Ao mesmo tempo, Bernanke disse que o Fed teve sucesso em deixar claro que a elevação da taxa de redesconto, anunciada na semana passada, não foi um prenúncio de um iminente aperto na política monetária, uma vez que o mercado não tem precificado expectativas mais altas para o juro.

 

Ajuda às empresas

 

O presidente do Fed afirmou que o banco central norte-americano está disposto a ser mais transparente, mas destacou a importância de a instituição ser independente politicamente.

 

"Nós também estamos preparados para dar suporte a uma legislação que vai exigir a divulgação da identidade das empresas que participaram de cada linha especial depois de um determinado prazo", acrescentou. O Fed receberia bem uma revisão pelo Escritório de Contabilidade do Governo do gerenciamento das linhas de crédito emergenciais do banco central durante a crise, de acordo com Bernanke.

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Embora o Fed esteja pronto para ser mais transparente, Bernanke afirmou que é vital que a decisão sobre taxas de juros "continue sendo isolada de pressões políticas de curto prazo". Bernanke também defendeu o papel do Fed como principal supervisor do setor bancário.

 

Membros do Congresso dos EUA questionarão Bernanke hoje e amanhã sobre o papel do Fed na crise financeira e sobre propostas para reformar a regulação financeira.

 

As informações são da Dow Jones.

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