
31 de maio de 2011 | 18h26
Até agora, a Volkswagen insistia em R$ 4,8 mil, enquanto os trabalhadores pedem R$ 6 mil na primeira parcela e o mesmo valor na segunda. De acordo com o secretário-geral do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba, Jamil Davila, o que pesou mais para a rejeição foi a proposta de que eles trabalhassem sete dias adicionais neste ano (um dia em cada mês) e outros dez dias no próximo ano, caso haja necessidade, para recuperar a produção. "Eles não aceitaram isso", acentuou o dirigente. "Se não houvesse esse item talvez tivesse possibilidade de ser aprovado."
Segundo Davila, a primeira conversa oficial entre sindicato e empresa aconteceu na sexta-feira para tentar chegar a um acordo que pusesse fim à paralisação. Com a rejeição da proposta, haverá tentativa de novas conversas. Mas uma nova assembleia somente será convocada quando houver novidades a serem apresentadas. Davila ressaltou que, em termos financeiros, o fato de a empresa apresentar proposta semelhante à de São Paulo já significa um avanço, pois a equiparação tem sido reivindicada há dez anos.
Pela contabilidade do sindicato, até agora a Volkswagen deixou de fabricar 15.390 veículos Golf, Fox, CrossFox e Fox Europa. Com base em preço líquido médio de R$ 40 mil, a empresa teria deixado de faturar R$ 615,6 milhões. Além das tentativas de conversa entre sindicato e empresa, o pedido de dissídio feito pela Volkswagen está em tramitação na Justiça do Trabalho. O processo está com o Ministério Público do Trabalho que deve emitir um parecer. Posteriormente, ele retorna ao Tribunal Regional do Trabalho para que seja feita uma relatoria a tempo de colocar em apreciação na sessão especializada em dissídios que será realizada na próxima segunda-feira.
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