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Milho: para APPS, preço sobe R$ 3,00/saca até novembro

Por Agencia Estado
Atualização:

São Paulo, 3 - Os preços do milho devem chegar a novembro em torno de R$ 3,00/saca maiores do que os praticados atualmente no mercado atacado. A previsão é de Paulo César Cau, Líder de Negócios de Sementes de Milho e Sorgo da Monsanto e diretor da APPS. Cau atribui a alta a uma reversão na expectativa do tamanho da safrinha brasileira. O diretor da APPS afirma que a estimativa da Conab, de uma safrinha de 10,5 milhões de toneladas, não vai se confirmar. "A safrinha pode ser estimada em cerca de 9 milhões de toneladas", afirmou. Entretanto, os problemas de qualidade tornam o volume de milho aproveitável pela indústria de aves e suínos menor. "A safrinha tem cerca de 1 milhão de toneladas de grãos ardidos, de pouca utilidade", diz. "Na prática, a safrinha com milho de qualidade fica entre 7,5 milhões de toneladas e 8,5 milhões de toneladas." Cau afirma que os problemas de qualidade com a safrinha estão disseminados por toda a área produtora. "No Mato Grosso, as áreas que plantaram mais cedo sofreram com as chuvas e tiveram perdas; no Paraná e Mato Grosso do Sul, o milho foi plantado tarde e enfrentou 37 dias de frio e chuva em pleno junho, deixando muitos grãos ardidos." Segundo Cau, a indústria buscou milho do Paraguai como alternativa, mas a estratégia se mostrou falha. "Eles também estão com problemas de qualidade", disse. MILHO/CENÁRIO: APPS APONTA RISCO DE ABASTECIMENTO EM 2005 São Paulo, 2 - O Líder de Negócios de Sementes de Milho e Sorgo da Monsanto e diretor da APPS, Paulo César Cau, acredita que os estoques finais de milho do Brasil não vão atingir os mais de 4,0 milhões de toneladas previstos pela Conab. "Como a safrinha será menor, vamos ter uma produção total de milho menor do que os 42 milhões de toneladas estimados pelo governo", avalia. Segundo Cau, os menores estoques de passagem põem em dúvida o abastecimento de milho em 2005. Segundo Cau, a área plantada de milho de verão deve cair entre 3% e 7% em 2004/05. "E o pior é que a tecnologia também vai cair; o produtor vai gastar menos com insumos", diz. Como resultado, o país poderá depender mais do que nunca da safrinha no ano que vem. "E se ela tiver um problema climático? Será que teremos milho a R$ 25,00/saca de novo?", questiona.

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