30 de abril de 2010 | 08h51
O principal destino desses investimentos será o setor de minério de ferro, que, em função da forte demanda chinesa e dos sinais de recuperação da siderurgia europeia, conseguiu emplacar este ano um aumento de 100% no preço do insumo comercializado em contratos de longo prazo. A estimativa é de que os projetos de minério de ferro abocanhem 66% do total estimado: US$ 36,530 bilhões. A cifra significa um aumento de mais de US$ 5 bilhões na comparação com o último levantamento feito pelo Ibram em janeiro.
Limite da capacidade
Nos últimos meses, representantes da Vale, segunda maior mineradora do mundo e líder mundial em minério de ferro, têm informado que a companhia trabalha atualmente no limite de sua capacidade e que a demanda por insumos básicos já superou o período pré-crise. Para este ano, a Vale programou um investimento recorde de US$ 12,9 bilhões.
Segundo Camilo, a decisão das companhias de tirar da gaveta ou acelerar projetos de expansão no setor vai permitir ao país dobrar sua produção de minério de ferro até 2014, pulando dos atuais 310 milhões para um patamar em torno de 620 milhões de toneladas anuais. ?À medida que você tem uma melhoria considerável no preço das commodities, os investimentos fazem cada vez mais sentido?, explicou.
Camilo lembra que o setor mineral é o maior responsável pelo investimento privado no País e que o crescimento da produção nacional se traduziu em benefícios para a balança comercial. Em 2009, os produtos minerais geraram US$ 12,599 bilhões de saldo para a balança comercial, metade do registrado no período. Em 2006, os mesmo produtos geravam US$ 6,540 bilhões, apenas 14% do saldo da balança. ?Foi um incremento grande em um curto período?, observa ele.
Pelas previsões do Ibram, o segundo setor que deve receber mais investimentos é o de níquel, com US$ 6,176 bilhões (12% do total). O valor é quase 90% superior ao estimado no último levantamento, que era de US$ 3,546 bilhões. Os investimentos vão possibilitar ao País ampliar sua produção de níquel das atuais 75 mil toneladas para 190 mil toneladas em cinco anos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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