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Mineradora Manabi fará aumento de capital de US$300 mi

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Por Redação
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A mineradora pré-operacional Manabi realizará um aumento de capital de 300 milhões de dólares através de uma emissão privada, após ter desistido de realizar uma oferta pública de ações no Brasil e no Canadá. A capitalização será realizada através da emissão de 240 mil novas ações preferenciais classe B, ao preço em moeda nacional equivalente a 1.250 dólares por papel, informou a empresa no final da quarta-feira. A EIG, grupo norte-americano de investimentos dos setores de energia e infraestrutura, aplicará 150 milhões de dólares na Manabi. O restante será aportado pelo fundo de pensão dos professores da província canadense de Ontario (OTPP) e outros acionistas atuais da Manabi. Segundo a mineradora, constam entre seus acionistas, além da OTPP, as gestoras de investimento Korea Investment Corporation e Southeastern Asset Management. "A companhia acredita que o êxito deste aumento de capital, quando concluído, apoiado pelo comprometimento dos principais acionistas, atestará a extensão e qualidade ímpar de seus recursos, a força do plano de desenvolvimento minerário e logístico da companhia", informou a empresa em comunicado. O anúncio acontece após a companhia ter pedido, na semana passada, o cancelamento de sua oferta pública inicial de ações no Brasil e no Canadá, citando incertezas econômicas. A Manabi foi criada em março de 2011 e possui direitos minerários nas regiões do Morro do Pilar e Morro Escuro que são contíguas ao "Quadrilátero Ferrífero" de Minas Gerais. Segundo a empresa, as áreas dos morros são grandes depósitos de minério de ferro de classe mundial, com aproximadamente 1,5 bilhão de toneladas de recursos minerários inferidos e capacidade para produzir até 31 milhões de toneladas por ano de finos de pelota com 68,5 por cento de teor de ferro. A desistência do plano de IPO da companhia também ocorreu em um momento em que os preços de minério de ferro acumulam forte queda este ano. O preço da commodity caiu abaixo de 110 dólares por tonelada na China nesta semana, para o menor valor desde 24 de dezembro de 2009 . (Por Sérgio Spagnuolo)

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